OS DESTROÇOS DO CORONA
Por Gecilio Souza
De origem desconhecida
Até o presente momento
Eis que apareceu um vírus
Implacável e violento
Fez toda a Terra parar
Países em isolamento
Colocou o mundo em pânico
E trouxe mais sofrimento
Satânico e mortífero pum
Que no século 21
Tem sido o pior tormento
Desafiou o conhecimento
A política e a ciência
Corona chegou com tudo
Na forma e na virulência
Forçou governos e regimes
A decretarem emergência
Certos chefes de Estado
Demonstraram incompetência
O vírus infectou o planeta
Como bala de escopeta
Na maldade e na potência
Sua infecciosa incidência
Provocou grandes mazelas
Não poupou nenhuma classe
Principalmente as favelas
Notícias da mortandade
Ganharam jornais e telas
Várias doenças viródicas
Atuando paralelas
Este flagelo tão sério
Mandou para o cemitério
Nossas melhores parcelas
Outras carregam sequelas
De caráter permanente
O vírus roubou a saúde
E a paz de muita gente
Ele ameaça ir embora
Mas retorna novamente
Após nova mutação
Com uma cepa diferente
Micro-organismo invisível
Possui um poder terrível
Muda-se frequentemente
Não restou um continente
Um país ou uma cidade
Que esta moléstia do século
Tenha agido sem maldade
Pandemia e lockdown
Afetaram a sanidade
Corporal e psicológica
De parte da humanidade
A situação se agravou
Pois o governo incentivou
A pandêmica mortandade
Matou gente em quantidade
Entupiu as funerárias
Cartórios bateram record
De certidões obituárias
Multidões foram enterradas
Em covas comunitárias
Cadáveres em sacos pretos
Terríveis cenas diárias
E pessoas sem miolos
Se opondo aos protocolos
E às medidas sanitárias
Ideologias autoritárias
Dos imbecis de plantão
Que são fiéis do dinheiro
Fanáticos em religião
Com o dedo no gatilho
E a bíblia na outra mão
Adoram um falso messias
Que envergonha a nação
Fazem diabólicos conchavos
Na igreja se dizem salvos
Mas fora matam o irmão
Isso deu mais combustão
A esta carnificina
Pôs em dúvida a ciência
Sabotou a medicina
E incentivou muita gente
Ao crime e à indisciplina
Enquanto se via o avanço
Da virose assassina
Agressões aos cientistas
Servidores e especialistas
Tornaram-se uma rotina
Agiram contra a vacina
Em campanha criminosa
Liderada por um chefe
De sanidade duvidosa
Não é crime perguntar
A pergunta é imperiosa
Entre a víbora e a virose
Qual delas é mais perigosa
Sabe-se que o vírus mata
Mas a cobra psicopata
É mil vezes mais danosa
Administração desastrosa
Tudo que não presta copia
Aliou-se ao Corona
Com mentira e covardia
Fabricando dados falsos
Enquanto a COVID crescia
Compartilhou fake news
Quis instalar a anarquia
Por estas e outras ações
Além de suas omissões
Matou mais que a pandemia
Com sarcasmo e ironia
Nos deixou estarrecidos
Diante dos microfones
Falou a todos os ouvidos
Gargalhando da angústia
Dos que foram acometidos
Pelo Corona assassino
De tantos entes queridos
Na fascista apologética
Violou a lei e a ética
Ofendeu os falecidos
Jamais serão esquecidos
Os filhos, irmãos e pais
E diversos especialistas
Na trincheira de hospitais
Como médicos e enfermeiros
E vários profissionais
Que o vírus carregou
O desfalque foi demais
Enquanto um desmiolado
Estimulava o seu gado
Com pretextos bestiais
Nos cercadinhos currais
O equino erguia a crina
Relinchando a seus bovinos
Para receitar cloroquina
Contra uma tal gripezinha
Que diz ter vindo da China
Indicava como reforço
A famosa ivermectina
Não bastasse a indecência
Queria anular a ciência
Demonizava a medicina
Nada fez pela vacina
As provas estão por aí
Em vez disso agia contra
O caos se instalou aqui
Tem o cérebro de galinha
E a goela de sucuri
Coração de cascavel
As manobras do saci
Foi forçado a recuar
Com medo de se ferrar
Por causa da CPI
Corona pôs no jiqui
A trupe governamental
Governo que não governa
É catástrofe nacional
O vírus se sentiu em casa
Matou e fez o escambal
Interrompeu muitos sonhos
Que tragédia nacional
Porém nos restos mortais
Encontram-se as digitais
Do sem noção federal
Hoje uma crise brutal
Assola o país inteiro
Os preços lá nas alturas
Faltam comida e dinheiro
Vimos este filme antes
Só mudaram o seu roteiro
Mas o cérebro de galinha
Não governa um galinheiro
Fala abobrinha e gravetos
Vive buscando pretextos
Jogou o país no atoleiro
Pavimentou o roteiro
Para o vírus se espalhar
Com irônicas referências
E satânico gargalhar
Debochou de quem morreu
Fez seu gado ameaçar
Os profissionais da saúde
Exaustos de trabalhar
Mas das igrejas e templos
Vêm os piores exemplos
Mentiras de arrepiar
Deixaram o vírus matar
Pelo prazer do sadismo
Assim é o modo de agir
Das viúvas do nazismo
Os que se dizem cristãos
Vão contra o cristianismo
Enxergam grana e poder
Cegos pelo fanatismo
São demônios batizados
Pela crença alienados
Inimigos do altruísmo
Por isto o micro-organismo
Deixou esse triste saldo
Quase 800 mil mortos
Mas o principal culpado
É sem dúvidas quem ocupa
A chefia do Estado
Não fosse a sua conivência
Seria outro o resultado
Milhões de sobreviventes
Com sequelas permanentes
Na história está registrado