Itaimbé

Quiserdes me derrubar,

Fiquei firme em meu lugar,

Não tive vacilação.

Continuei minha sina,

Pisei forte na campina,

Persisti no meu torrão.

És o meu Itaimbé,

Me deixastes sem meus pés,

Na beira dum precipício.

Mas, eu tenho garra e fé,

Para o que der e vier,

Eu carrego o sacrifício.

Prossegui com os meus passos,

Desfazendo os embaraços,

Que tu me proporcionardes.

Não embalde, ressupino,

Sem clamor, sem desatino,

Me esquivei dos alardes.

Sendo assim, eu levo a vida,

Com minh'alma agradecida,

Carregando a minha paz.

Meu ser é nobre e sereno,

Sutil, benquisto e ameno,

De pensamento fugaz.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 23/01/2022
Reeditado em 11/08/2022
Código do texto: T7435265
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