Itaimbé
Quiserdes me derrubar,
Fiquei firme em meu lugar,
Não tive vacilação.
Continuei minha sina,
Pisei forte na campina,
Persisti no meu torrão.
És o meu Itaimbé,
Me deixastes sem meus pés,
Na beira dum precipício.
Mas, eu tenho garra e fé,
Para o que der e vier,
Eu carrego o sacrifício.
Prossegui com os meus passos,
Desfazendo os embaraços,
Que tu me proporcionardes.
Não embalde, ressupino,
Sem clamor, sem desatino,
Me esquivei dos alardes.
Sendo assim, eu levo a vida,
Com minh'alma agradecida,
Carregando a minha paz.
Meu ser é nobre e sereno,
Sutil, benquisto e ameno,
De pensamento fugaz.