A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE
Ficou um beijo no ar,
Um abraço no vazio,
Um coração a sonhar
E ela morrendo de frio.
Um eco sem ecoar
De um grito silencioso,
Uma canção sem cantar
e um pensar doloroso.
Ficaram algumas palavras
Que nunca foram escritas,
Ou frases inacabadas,
Muitas que nem foram lidas!
Faltou sensibilidade...
Ou quem sabe, inspiração ...
Não tendo oportunidade
Ouviu a voz da razão...
Pode até ser que a saudade
Não teve voz pra dizer,
Que compreendeu a verdade.
Ou quem sabe a solidão...
Cansou-se na realidade
Ou alguém cujo coração,
prefiriu não mais sonhar,
Dando lugar à razão?
São perguntas sem respostas
São muitas divagações,
Muitos, que lhes viram as costas
Temendo desilusões;
Até porque a esperança,
Só deseja renascer
E crescer feito criança,
Sem pensar em fenecer.