MATERNIDADE POÉTICA
Cultivada entre pedras
A maternidade é uma flor
Que quando desabrochada
Despetala-se no calor
Que cada pétala caída
É um pedaço de vida
É um tiquinho de amor.
É o mais puro sabor
O mais suave perfume
O raio que mais alumia
Brilho de mais alto lume
É sol quente que não arde
Se arde é amor que invade
De muito amor que consume.
E de tanto amor fica imune
À críticas e dessabores
Acompanhada ou só
Sorrindo em meio a dores
Mesmo lá no seu cantinho
A vida lhe traz espinho
Muito mais do que traz flores.
Também tem seus louvores
Que a mãe só perde o brilho
Não quando se é mãe solo
Que ela não sai do trilho
É a cruel ingratidão
Que fere seu coração
Que nunca desiste do filho.
Alimenta, dar auxílio
Sem nada, chora de fome
Nutre e dar vestimenta
Amamenta e dar nome
Da conforto, mamadeira
Acordada noite inteira
Quando a febre não some.
Porque uma mãe só come
Se a cria está alimentada
O filho cresce e sai
Ela o espera acordada
Que a mãe sabe lá no fundo
Que cria ele pro mundo
Ó que verdade malvada.
Mãe também fica cansada
Porque se doa de mais
O que ela faz pelo filho
Outra pessoa não o faz
Que mãe que é mãe - é assim
Mesmo em tempo ruim
Não deixa um filho pra trás.
Ela também quer paz
Que no decorrer da vida
Mãe não recebe salário
Por ser carinhosa e querida
Ela espera obediência
Honestidade, decência
E nunca ser esquecida.
Por isso eu com mamãe
A forma que fui criada
Que eu não a beijava
Também não era abraçada
Aqui agora declamo
Mamãe nunca me disse te amo
Mas eu sei que sou amada.
❤️