Caneta, papel e cordel

Com caneta e com papel,

Vivo em lua-de-mel,

Tendo amor e simpatia.

Sonhando em ser menestrel,

Escrevo verso em cordel,

Sem maldade e heresia.

E dispenso o despautério,

Meu assunto é muito sério,

Desviando o cambaluz.

No cordel não tem mistério,

Siga a regra e o critério,

E a inspiração conduz.

Meu cordel é papo reto,

Amigável e seleto,

Rima amor com gratidão.

Verso nobre e correto,

De perfeito dialeto,

Na leitura e dicção.

Cordel sereno e suave,

De timbre agudo e grave,

Para quem quiser cantar.

Cordel, papel e caneta,

Não me deixam ser maneta,

Meu cordel; sol e luar.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 14/12/2021
Código do texto: T7406996
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