Caneta, papel e cordel
Com caneta e com papel,
Vivo em lua-de-mel,
Tendo amor e simpatia.
Sonhando em ser menestrel,
Escrevo verso em cordel,
Sem maldade e heresia.
E dispenso o despautério,
Meu assunto é muito sério,
Desviando o cambaluz.
No cordel não tem mistério,
Siga a regra e o critério,
E a inspiração conduz.
Meu cordel é papo reto,
Amigável e seleto,
Rima amor com gratidão.
Verso nobre e correto,
De perfeito dialeto,
Na leitura e dicção.
Cordel sereno e suave,
De timbre agudo e grave,
Para quem quiser cantar.
Cordel, papel e caneta,
Não me deixam ser maneta,
Meu cordel; sol e luar.