VELHAS E BELAS FESTAS JUNINAS!!!
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Antigas noites de São João,
Fogueiras acesas e brasas,
Bolos, canjica e o quentão,
Forró nas frentes das casas,
Os Pais os filhos e a família,
E todos na mesma partilha,
Soltando foguetes sem asas
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Milho assado nas fogueiras,
As batatas na cinza quente,
Não existia churrasqueiras,
Tudo era mesmo diferente,
Num espeto de pau a leitoa,
Assando na fogueira de boa,
Aguçando a fome da gente.
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Para animar mais a festança,
Naquelas noites de São João,
Forró bom com muita dança,
Luz da fogueira e do lampião,
Na sala só a luz do candeeiro,
E lá fora um povo forrozeiro,
Levantando a poeira do chão.
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A latada para dançar o forró,
Zabumba, triângulo, sanfonas,
Era uma das festas mais mió,
Vovô e o vovó nas poltronas,
Verdadeiro forró pé de serra,
Som do povo da nossa terra,
Moças forrozeiras bonitonas,
5
O povo todo era dali mesmo.
Tocadores da mesma região,
Que não se sentiam a esmo,
Tocando o som de gonzagão
Forró animado e quadrilhas,
Alegrando todas as famílias,
Sem a moderna sofisticação.
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Mas o tempo se foi depressa,
Modificando a velha tradição,
No forró, carnaval, e seresta,
Nas belas noites de São João,
Que fizeram tantos sucessos,
Sem tantos custos e excessos,
Sem o luxo da modernização.
7
Tiraram a festa dos terreiros
Para fazer o forró nas praças,
Incluindo novos sanfoneiros,
Nas novas bandas de massas,
Que tocavam para multidões,
Sobre palcos entre os telões,
E com outras luzes e fumaças.
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Sei que tudo passa a fila anda,
Mas não cortem a da cultura,
Forró não carece só de banda,
Tem compasso certo e altura.
A cultura a arte e a tradição,
Não galopam na contra mão,
E nem aceitam esta mistura!
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Artistas aguçam sentimentos,
Do povo e de toda sociedade,
E registram comportamentos,
Nas artes com tal fidelidade,
Uns nem queriam mudanças,
Das velhas e belas festanças,
Com tradição e simplicidade.
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Parabéns para os forrozeiros,
Bons artistas deste nordeste,
Os que tocaram nos terreiros,
Para antigos cabras da peste,
E os que tocam neste sertão,
Novo São Pedro e o São João,
Na capital, litoral e no agreste.
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Mas surgem novas mudanças,
Para o forró e a alma do povo,
O universo pede outras danças,
No estilo velho, jovem e novo,
Para que todos façamos parte,
Da nova cultura e da nova arte,
Ordem do santo que eu louvo!
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Vamos cantar os novos cantos,
Buscar encantos na primavera,
E homenagear todos os santos,
Dançando o forró da nova era,
Um gole de licor de genipapo,
Só para adocicar mais o papo,
Pois a nova luz já nos espera!
Recebam novas homenagens,
Santo Antônio, João e Pedro,
Com elas nossas mensagens,
E o nosso amor, sem segredo.
Fazer fumaça e matar leitoa,
Não é mais uma atitude boa,
O universo não é brinquedo!