A BELA ADORMECIDA

Era uma um bom rei

E uma linda rainha

Que estavam esperando

Sua primeira criancinha

Quando enfim aconteceu

Uma criança nasceu

E era uma menininha.

Feliz rei e rainha

Deram festa no reinado

Pela chegada de Aurora

Esse foi o nome dado

À filha recém nascida

Depois o casal convida

Três fadas pra o batizado.

Mas cometeram o pecado

De esquecer a quarta fada

Que se chamava Malévola

E ficou muito zangada

Que pensou a seu critério

Aquilo era um despautério

Ter sido ela descartada.

A festa realizada

Todos estavam contentes

Duas fadas já haviam

Feito os votos inerentes

Que nunca nada faltasse

E o tempo logo passasse

Pra ela ser adolescente.

Eis que surge, de repente,

Malévola no salão

Ela estava furiosa

E lançou uma maldição

Que Aurora viveria

E aos quinze anos morreria

Por causa de uma má ação.

«Com esta minha maldição

Aurora encontrará

Ao completar quinze anos

Uma roca de fiar

E sem saber do segredo

Ela irá furar o dedo

E em seguida morrerá.

Foi embora a insultar

Quem estava no salão

Tinha ainda a quarta fada

Para dar sua benção

Disse: «Eu não posso acabar

Mesmo assim quero tentar

Alterar a maldição.

Achei uma solução:

Aurora não morrerá

Porém furará o dedo

Na roca que encontrar

Conforme os primeiros planos

Quando fizer quinze anos

E cem anos dormirá.

Um príncipe passará

Onde ela estiver dormindo

Então lhe dará um beijo

O feitiço vai saindo

Lentamente acabará

Então ela acordará

E já desperta sorrindo.»

Com o batizado findo

Os pais se preocuparam

E saíram pelo reino

Todas as rocas quebraram

Para não ter novidade

E assim, com tranquilidade,

Os quinze anos passaram.

Quando enfim comemoraram

Seus quinze anos de idade

Então Aurora sentiu

Grande curiosidade

De conhecer novas cores

Saiu pelos arredores

Procurando novidade.

E por curiosidade

Na floresta foi entrando

Uma casa abandonada

Aurora foi avistando

Na casinha ela adentrou

E viu no interior

Uma velhinha fiando.

A velhinha a convidando

Ela então se aproximou

Não conhecia uma roca

E muito se admirou

Vendo aquele vai-e-vem

Queria aprender também

E a velhinha a ensinou.

Então ela começou

Ainda meio desastrada

Mas foi pegando o jeitinho

Pela velha observada

E num descuido, sem medo,

Na roca furou o dedo

E cai no chão desmaiada.

A velhinha disfarçada

Sorriu com o acontecido

Era malévola, a malvada,

Do feitiço prometido.

Deixou Aurora no chão

Saiu, pois a maldição

Dela havia se cumprido.

Depois desse acontecido

Uma das fadas passou

Pela casa abandonada

Na velha casa adentrou

Viu Aurora adormecida

Vendo a maldição cumprida

Para o castelo a levou.

Em sua cama a deitou

Sem avisar a ninguém

Para evitar sofrimento

De quem a queria bem

Em seguida fez um elo

Pra que todos no castelo

Adormecessem também.

O reinado ficou sem

Ninguém que a história ouviu

Logo a floresta cresceu

E o castelo encobriu

Depois foi considerado

Um local mal assombrado

E o reinado sucumbiu.

Muitas histórias se ouviu

Da tragédia acontecida

De uma bela menina

Que jovem perdeu a vida

Naquela rica vivenda

E a história virou lenda

Como A Bela Adormecida.

Que um beijo lhe dava a vida

Eram boatos corridos

Muitos que se aventuravam

Pela morte eram engolidos

Os anos íam passando

E a morte se registrando

De alguns mais atrevidos.

Cem anos são decorridos

Diz a lenda secular

Que um príncipe corajoso

Deve o perigo enfrentar

Se aventurar na empreitada

Pela princesa encantada

E a mata atravessar.

Logo aparece por lá

Um príncipe e se aventurou

Desafiou os perigos

A mata ultrapassou

Até no castelo entrar

Começou a procurar

E nunca desanimou.

Até que enfim encontrou

O camarim da princesa

Ela deitada na cama

Linda como a Natureza

Pois nada nela mudou

E ele se apaixonou

Vendo tamanha beleza.

Tomado pela surpresa

Suavemente a beijou

Ela despertou sorrindo

Feliz para ele olhou

Despertou do encantamento

E nesse exato momento

Todo castelo acordou.

E tudo em torno voltou

A ser como era antes

Rei e rainha ficaram

Felizes e radiantes

E em sua real grandeza

Casaram sua princesa

E o príncipe triunfantes.

Ficaram todos radiantes

Com aquele casamento

As fadas do batizado

Abençoaram o casamento

E Malévola, a quarta fada

Terminou sendo tragada

Por um pântano nojento.

Desde o seu nascimento

Aurora é predestinada

A morrer com quinze anos

Pela maldição da fada

No início da puberdade

Quando a dificuldade

No jovem é iniciada.

E quando a hora é chegada

Ela conhece o amor

Trazido pelo seu príncipe

Que num beijo o despertou,

Como a bela juventude

Que muda de atitude

Quando o momento chegou.

Nesta historinha o amor

Usou sua sapiência

Pra mostrar que entre o passado

E o hoje há equivalência,

Que devido as atitudes

Entre infância e juventude

Existe a adolescência.

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 05/11/2021
Código do texto: T7379393
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