A ROSA ORGULHOSA
Texto: A Orgulhosa Rosa
Autor: José Medeiros de lacerda
Distribuição: Teatro Infantil em Esquete
Para uso estudantil
Contextualização: História de uma rosa que
por ser a mais bonita, pisoteava as inferiores
e foi punida pela natureza.
Personagens: Um ator e quatro atrizes.
Pretensão de autor: Este trabalho foi elabo-
rado para ser apresentado em auditórios
escolares,sendo portanto totalmente
livre de censuras.
No Palco, de um jardim, as cinco flores.
De pé, O CRAVO, A CAMÉLIA E A BENE-
DITA; Sentada no chão, A VIOLETA. A RO-
SA, mais alto, em cima de um pedestal.
VL- Neste malfadados tempos ainda encon-
tramos jardins onde a ação desturidora da
humanidade inda não semeou os fertilizan-
tes da cobiça e da maldade. foi numa tarde
de ocaso, quando as asas da noite que se
desdobravam sobre o jardim e o cobria de
sombras, e a lua se fazia Sol de Prata, que
pouco a pouco as flores demonstravam seu
real valor,despedindo-se de mais um dia
que passava:
CA- Sou branca como o luar,
já fui muito perfumada:
Comecei a me orgulhar
E hoje não cheiro nada.
CR- Eu sou o CRAVO VERMELHO,
E tenho um perfume altivo:
A minha cor é sangrenta,
Mas o meu cheiro é dos vivos.
FB - Eu sou a FLOR BENEDITA,
Vivo aberta para o léu;
Por ter um nome de santa,
Ganhei as cores do Céu.
RO - Irmãs, olhai-me! Qual de vocês me vence
em graça. elegância e aroma? Nenhuma!
Eu dominio pela cor. Dou alegria e realce
as festas, com a variedade de minhas co-
res. Ora sua rubra como um grito de guer-
ra, Ora sou branca como um bênção de
paz, Hoje amarela como um sonho de
ouro; amanhâ, purpurina, como um manto
real... Minhas beleza esplende nos altares
e nos colos das damas de bom gosto. ( E
orgulhosa deixa cair uma pétala sobre um
monte de folhas secas ) Não sei como se
pode viver como tu, Violeta, escondida e
envergonhada, ridicula e sempre agarrada
á terra, ocultando entre as folhagens essa
cor desconsolada!!!
VI- Senhora, tendes razão! Ninguém suplanta
vossa beleza e vossa graça. E Deus assim
a conserve para sempre! O Sol enamorou-
se de ti e te fez Rainha. Ai de mim! Os tris-
tes, cujas frontes pendem para baixo on-
de vegeto. Por isso recolhi tantos
olhares tristes e tão tristes e
tantas lágrimas de saudade que as
minhas pétalas se fizeram roxas, da
cor dos poentes... Cada qual com sua missão.
A minha me satisfaz. Boa Noite, irmã
RO- (Com agressividade) irmã não, que eu não
tenho irmã pobre Boa noite para vocês
outras. ( E dominada pela arrogância en-
volve-se em suas pêtalas a dormir )
CA- Eu também vou repousar. Boa noite,
Violeta.
BE- Também chegou a minha vez. Boa noite,
Violeta.
CR- Eu também me vou. boa noite Violeta.
VI- Boa noite minhas irmã! E tu, irmão cravo,
tú és o mais belo que a orgulhosa Rosa... E
E eu já estou no meu leito... Boa noite
Mãe Natureza!!!
Há um silêncio. Escurece o cenário.
VL- E o silêncio reina absoluto sobre o jardim.
Mas logo a Mãe Natureza recolhe o silên-
cio para expulsar um intruso que penetrou
em seu mundo em forma de rosa: a
Vaidade.
Som de tempestade, ventos e
trovões.
VL- A inveja, o orgulho, voz grosseira,
A perfidia, o ódio, a maldade,
Prepotência, rancor, perversidade,
Valentia, calúnia e arrogância...
São lagartas ceifando a substância
Da floresta feliz da humanidade.
E a tempestade vai parando pouco a pouco.
Amanhece o dia (Clareia o placo, tudo
está destruido. A Rosa morta, no chão.
VI- Que noite de tormenta! como sofre-
ram as árvores!!! (Olha em volta, as
flores ainda dormem. A rosa está no
chão, destruida.)
Oh! coitada da irmã Rosa! jaz agora
aos meus pés, morta, e toda despe-
talada! É, é... se eu fosse tão bonita...
se eu fosse tão orgulhosa... se eu mo-
rasse em um pedestal... não estaria
agora recebendo este beijo de luz
do irmão sol...
BOM DIA, MÃE NATUREZA!!!