QUEM VAI CONTAR A HISTÓRIA?

QUEM VAI CONTAR A HISTÓRIA?

Coimbra - Zoloélo (LUZIRMIL) n°2401190005

01 Tenho a alma cansada

Mas vivo com devoção

Por isto não me revolto

Mas tenho a convicção

Que no recalque do tempo

Está vindo um advento

Para a grande expiação

02 Pois cada um dos viventes

Seja humano, ou animal

Certamente nesse mundo

Estão indo ao astral

Mas em razão da distância

Da incógnita Constância

Parece coisa irreal

03 Essa existência agrupada

De teores contingentes

Certamente tem um lastro

De um macro continente

Num UNIVERSO oculto

Do qual só vemos o vulto

Entre as estrelas luzentes

04 As distâncias que ocultam

Mistérios e fundamentos

Deixam os homens sem ação

Diante dos argumentos

Cada um, sendo velado

Pois na_esteira do passado

Desaparecem no tempo

05 Entretanto a noite mostra

Em sua energia escura

As estrelas com seus brilhos

Como sublime estrutura

Atravessando o infinito

Como sendo um requisito

De Deus vindo das alturas

06 Observando alguém,

Que tenha inteligência

Há de ver linhas divinas

Compondo toda a sequência

Como chamas a cair

Até tudo consumir

Numa profunda regência

07 A energia escura

No Universo contida

Faz parte de um programa

Sobre a humana vida

Onde o erro evidente

Dá ao homem demente

A queda em sua lida!

08 Nem do bem, sua virtude

Vai transformar o mural

Quem tiver o dom de ver

A luz branca universal

Vai decompor suas raias

Como a noturna lacraia

Com seu piscar temporal

09 Isto por que um porém

Sempre haverá de impor

Visto que o ser humano

Tem nódoa de pecador

Milhões estamos no mundo

Levando a cada segundo

A carga de transgressor

10 O que deixa o poeta mudo

E tendo premonição

Que mais dias, menos dias

Vai haver uma gestão

Em que_as trevas vão crescer

E vai desaparecer

Começo e fim da da ilusão

11 O agir e as peripécias

Que se fazem ostentar

Se tornarão em remanços

De água em alto mar

Ali só há vagalhões

Distúrbios e confusões

E navios a sossobrar

12 Vai-se a vida e a memória

De uma Era marcada

Em que toda criatura

Viu tudo ir para o nada

Esvazia o Universo

Não haverá nem um verso

Pra história ser contada

I. COIMBRA Rg. Zóloélo 230220210828