Os Galhudos
Hoje eu venho lhe falar
Sobre a vida dos galhudos
Moleza que não é não
Viver com peso dos bagulhos
Na cabeça a todo instante
Pesante em teus orgulhos
Aos traíras duma figa
Enganadores sem moral
Trapaceiam sem pensar
Que aos outros fazem mal
Pois bem, assim eles são
E os galhudos em lacrimal
Todos sabem, todos veem
Menos os galhudos cegos
Sempre os últimos a saber
Alerta como morcegos
Tontos e grandes infantis
Seguindo iguais pândegos
Mas nem tudo está perdido
Às vezes, tudo se clareia
Os galhudos abrem os olhos
Enxergam sua tonteira
Veem mais do que devia
Seguem em derradeira
Destruindo seus sonhos
Ou nem sempre passa isso
Terminam por ora viúvos
E por ora até submisso
Mas sempre há quem chora
Podendo criar um abisso
Independente do lado
As lágrimas acompanham
Os galhudos e os traíras
Pois uns por amor choram
E os outros com buracos
Choram enquanto sangram