Angical do Piauí - 67 anos

Meus caros angicalenses,

Filhos da nossa Angical

Com muita honra vos falo

Do nosso torrão natal

Canto seus belos encantos

Dessa terra angelical

Eu começo logo agora

Muito tenho pra contar

Pois são 67 anos

Temos muito o que lembrar

Nossa gente, nossa história

Vamos, irmãos, exaltar!

Os pés de angico da mata

A Angical deram seu nome

Seus primeiros habitantes

Tinham este codinome:

“Índios Panelas”, assim

Isso com muito renome

Nosso povo angicalense

É motivo de orgulho

E quando olho pra cada um

Engendro um grande mergulho

Na sua história, e eu reafirmo:

Que é motivo de orgulho!

Na cultura, quero aqui

Com respeito destacar

“Cli-Clé-Clô”, os três irmãos

Vou agora homenagear

Peço uma salva de palmas

Pro trio espetacular

Eles escreveram muito

Muita música cantaram

Até o Fagner cantou

E vocês já escutaram

“Revelação” é a música

Pelo Brasil espalharam

A poesia é arte

Paixão, amor e resistência

Nesta saudosa cidade

Ela tem muita presença

Cordelistas e poetas

Escrevem com competência

Tem seu Gregório Taurino

Tem seu Matias Sobrinho

Tem o seu Zeca Migué

Que versejam direitinho

Sobre seu cotidiano

Transmitindo seu carinho

A linguagem de Angical

Eu também vou ressaltar

Há expressões populares

Isso é peculiar

O angicalense é único

Inclusive no falar!

Para fazer qualquer coisa

A gente diz: “trastejar”

É certeza que vocês

Já puderam escutar

“Trasteja aí”, minha gente

Por Angical ecoar

Até o nome de um bar

Ele virou uma expressão

Pra dizer “nunca”, “jamais”

Eles todos falarão:

“Não me viu”, dessa forma

Sem muita complicação

Se a intenção é de dizer

Que uma coisa é inútil

Vem “azeite da Cazé”

E não tem palavra fútil

O nosso vocabulário

Usamos de forma útil

Tem a fé do nosso povo

Que também é muito forte

Temos várias religiões

E Deus é nosso suporte

É nas lutas e na lida

Que a gente faz nossa sorte

São por essas e outras coisas

Que Angical é tão bonita

Cidade de encantos mil

De belezas infinitas

De um povo belo e aguerrido

De quem ela necessita

Eu quero agora, por fim

Com apreço, agradecer

A quem leu, quem escutou!

Para mim, é um prazer

Escrever sobre a cidade

Também, ela enaltecer

Resta-me aqui, só dizer:

Meus parabéns, Angical!

Pelo teu povo aguerrido

Tua beleza angelical

Contemplar-te todo dia

Será sempre especial!

(FIM)

REFERÊNCIAS

SOUSA, Valduce Ribeiro Cruz. 2012. Discutindo a relação sociolinguística: uma análise semântica da linguagem de Angical do Piauí (PI).

RIBEIRO, Manoel Barbosa. Nossas Raízes. Teresina-PI: Tergraph, 2008.

Dalmo Ribeiro
Enviado por Dalmo Ribeiro em 02/09/2021
Código do texto: T7333674
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