QUEM INVENTOU A HERANÇA SÓ PODE TER SIDO O TINHOSO
POR JOEL MARINHO
Existem coisas na vida
Que engulo, mas não aceito
Eu carrego essa ferida
Não sei se é preconceito
E se for peço perdão,
Mas engolir, isso não!
E nisso eu bato no peito.
Não sei quem foi que inventou
A tal da maldita herança
Que é capaz de separar
Irmãos, amigos de infância
Por um pedaço de terra
Travam uma terrível guerra
Quebra-se a confiança.
E deixo aqui um parêntese
A herança do tal “babado”
É a que envolve dinheiro
Terra, dinheiro e gado
Não é herança genética
Tampouco herança poética
Que deixamos por legado.
A herança do legado
Veio de um deus glorioso,
Pois a herança do bem
Não herdarão os garbosos
Mas a herança do dinheiro
Veio de um deus desordeiro
Perverso e muito tinhoso.
Por isso ele é responsável
De na família criar contenda
Tem filho que mata a mãe
Pra ficar com toda a renda
É irmão matando irmão
De tiro, faca e facão
Faz com que ninguém se entenda.
Tem filho que até parece
Um urubu na carniça
Nem bem enterra os velhos
Que já começa a cobiça
E vende tudo o que tem
Gasta com o que lhe convém
Antes da primeira missa.
Por vezes a briga é grande
Que a justiça entra no meio
Um filho quer mais que o outro
Fazem um escarcéu feio
Ficam os irmãos intrigados
Familiar separados
É como um carro sem freio.
Enfim, herança é uma praga
Pior que as do Egito
Sozinha vale por dez
É como um vírus maldito
Só serve pra destruir
Criar briga e dividir
Seu intuito é o conflito.
Por isso sempre lutei
Pra viver do meu suor
Jamais recebi herança
Do vovô e da vovó
Dos meus pais só o legado
De viver livre e honrado
Pra que ninguém tenha dó.
É com esse pensamento
Que deixo para os meus filhos
Os belos e bons conselhos
Pra seguirem sempre nos trilhos
Porque não há esperança
De o velho deixar herança
Pra perderem o estribilho.
Que fique só meu legado
Os meus cordéis como escritos
A marca do meu sorriso
Deixando um sonho bonito
Pois tudo o que eu conseguir
Eu quero é usufruir
Herança é algo maldito.
Porém para toda regra
Sempre existe exceção
Há herança em dinheiro
Que é benção entre irmãos
Mesmo sendo divido
Eles seguem sempre unidos
Em perfeita união.
POR JOEL MARINHO
Existem coisas na vida
Que engulo, mas não aceito
Eu carrego essa ferida
Não sei se é preconceito
E se for peço perdão,
Mas engolir, isso não!
E nisso eu bato no peito.
Não sei quem foi que inventou
A tal da maldita herança
Que é capaz de separar
Irmãos, amigos de infância
Por um pedaço de terra
Travam uma terrível guerra
Quebra-se a confiança.
E deixo aqui um parêntese
A herança do tal “babado”
É a que envolve dinheiro
Terra, dinheiro e gado
Não é herança genética
Tampouco herança poética
Que deixamos por legado.
A herança do legado
Veio de um deus glorioso,
Pois a herança do bem
Não herdarão os garbosos
Mas a herança do dinheiro
Veio de um deus desordeiro
Perverso e muito tinhoso.
Por isso ele é responsável
De na família criar contenda
Tem filho que mata a mãe
Pra ficar com toda a renda
É irmão matando irmão
De tiro, faca e facão
Faz com que ninguém se entenda.
Tem filho que até parece
Um urubu na carniça
Nem bem enterra os velhos
Que já começa a cobiça
E vende tudo o que tem
Gasta com o que lhe convém
Antes da primeira missa.
Por vezes a briga é grande
Que a justiça entra no meio
Um filho quer mais que o outro
Fazem um escarcéu feio
Ficam os irmãos intrigados
Familiar separados
É como um carro sem freio.
Enfim, herança é uma praga
Pior que as do Egito
Sozinha vale por dez
É como um vírus maldito
Só serve pra destruir
Criar briga e dividir
Seu intuito é o conflito.
Por isso sempre lutei
Pra viver do meu suor
Jamais recebi herança
Do vovô e da vovó
Dos meus pais só o legado
De viver livre e honrado
Pra que ninguém tenha dó.
É com esse pensamento
Que deixo para os meus filhos
Os belos e bons conselhos
Pra seguirem sempre nos trilhos
Porque não há esperança
De o velho deixar herança
Pra perderem o estribilho.
Que fique só meu legado
Os meus cordéis como escritos
A marca do meu sorriso
Deixando um sonho bonito
Pois tudo o que eu conseguir
Eu quero é usufruir
Herança é algo maldito.
Porém para toda regra
Sempre existe exceção
Há herança em dinheiro
Que é benção entre irmãos
Mesmo sendo divido
Eles seguem sempre unidos
Em perfeita união.