Loucura... Loucura... Loucura...

"Mesmo que assim não seja

Guaraná não é cerveja"...

Foi o verso que ouvi de um 'cara'

Que mesmo ainda sendo jovem

Estava mais prá 'coroa',

Já que sujo e maltrapilho

Estava em uma esquina a esmolar...

Repetia ele esse verso

Para quem quisesse ouvir

Cantarolando feliz

Dizendo prá todo mundo:

"Hoje eu tô numa boa!"...

Foi quando surgiu um padre

Talvez um seu velho conhecido

Que dele se aproximou

E quase que ao pé do ouvido

Uma pergunta 'tascou':

"Por que diz que tás numa boa"

Se vives por aí à-toa

Sem nem ter o que comer?

E ele ao ouvir aquilo

De um salto se levantou

E abrindo os braços gritou:

"Loucura... Loucura... Loucura..."