PAI QUE TAMBÉM É MAE
Prof. Poeta, filósofo e comunicólogo
Gerardo Pardal
É na dureza da vida
De uma vida tão sofrida
Que tu estás a vencer
E sem nenhum quebra-galho
E também nenhum trabalho
Como tu estás a viver?!
E é neste teu sofrer
Neste teu sobreviver
Que tu mostras que és capaz
De vencer os empecilhos
E com tua mulher e filhos
Vão sempre buscando a paz!
Papel de mãe já fizeste
Pois quantas vezes puseste
No filhinho a frauda enxuta
E à noite ao levantar
Para ao filho acalentar
Tu não mediste a labuta.
Fizeste até o mingau
E as fraudas no varal
Estendeste pra enxugar
Talvez se tivesses peito
Tinhas até dado um jeito
Para ao filho amamentar
Com teus filhos jogas bola
Pelo chão deitas e rola
Com eles viras menino.
Sêdos teus filhos um amigo
Pra livrá-los do perigo
De escolher um mal destino.
Quando estás ao pé da pia
Te serve de terapia
Aquelapilha de pratos
Que vais lavando e enxugando
E assim vais meditando
Pra melhorar os teus atos.
Tu que abraçaste esta vida
Pra viver com tua querida
U’a vida de altos e baixo
Precisas de muita fé
Pois pra se manter de pé
O cabra tem que ser macho...
Tu és mesmo o co-autor
Da obra do Criador
Que quer sempre tua ajuda
Sê então pros filhos teus
A Face do nosso Deus
Paraver se o mundo muda...
Mas quem é esta figura
Que o poeta aqui procura
Definir mas nunca vai
Conseguir nem descrever
Esta figura é você
Meu estimado PAPAI.
Peça a Deus em cada dia
Muita paz e alegria
E saúde pro seu pai.
O Filho que valoriza
O seu pai nunca agoniza
E nas trevas nunca cai.
Fortaleza, 8 de agosto 2010 (sempre atual)