“A DEPRESSÃO”.

Estou novamente aqui,

Escrevendo esse cordel,

Para quem gosta de ler,

Não se deixa está ao leu,

Pra discorrer de um tema,

Que está furtando a cena,

No chão em baixo do céu.

O monstro da depressão,

Está levando muita gente,

Não escolhe raça ou cor,

Nem rude ou inteligente,

Vai ceifando muitas vidas,

Que estão desprotegidas,

Embotando cada mente.

É mesmo um ser esquisito,

Essa tal de Depressão,

Que se instala na mente,

Sem lhes pedir permissão,

Toma o ser totalmente,

De forma tão diferente,

Vai controlando a razão.

Para a tal de Depressão,

Não existe humano forte,

Controla nosso intelecto,

E tem do corpo suporte,

Vai as cabeças virando,

E a tudo ser controlando,

Juntas, músculos e tendão.

Diz-se ser o mal do século,

Esse individuo deprimente,

Deixando o ser sem ação,

Vendo o mundo diferente,

Vai destruindo os sonhos,

Deixando o corpo tristonho,

Num anacronismo demente.

É assim que os depressivos,

Tem os seus modos de agir,

Vão dos outros escondendo,

Sem ter força pra prosseguir,

Seus olhos não veem saída,

A tal ponto que esta vida,

Não tem sentido existir.

E assim vai definhando,

Sem encontrar solução,

E tudo que vem à mente,

Não tem cor nem razão,

Entrega-se ao desespero,

E o Diabo põe o tempero,

Sucumbindo a morte então.

Pois pouca gente acredita,

Ser sobrepujado pelo mal,

Que ao homem prejudica,

E que esse inimigo é real,

Encontrando a porta aberta,

Entra e tudo que não presta,

Leva pra dentro afinal.

A Depressão se instala,

Provocando um desespero,

Uma causa leva a outra,

É como flecha de arqueiro,

Que conduzida pelo mal,

Descobre o ponto ideal,

Pra matar o corpo inteiro.

Já tenho encontrado gente,

Por tal Depressão tomado,

Pondo os seus fardos de vida,

Sobre em quem não é culpada,

Fazendo assim transferência,

De seu mal de consciência,

Ser de quem está do seu lado.

Esse mal de Depressão,

Não escolhe a quem pegar,

Só basta o ser dá bobeira,

Pra esse troço enfim chegar,

Fica em nosso interior,

Deixando o mundo incolor,

Com força pra se matar.

Desse jeito a Depressão,

Aos poucos ganha terreno,

Enfraquece a nossa mente,

E o corpo inteiro sofrendo,

Deixa o ser todo doente,

Vendo um mundo diferente,

Pouco a pouco perecendo!

Esse é um mal perigoso,

Que vive a se propagar,

É como teia de aranha,

Quando a presa vai laçar,

Vai nos matando nos carmas,

E despedaçando a alma,

Com o fim de nos matar.

Essa depressão maligna,

Ataca em qualquer idade,

Induzindo vidas a eito,

Varrendo qual tempestade,

Deixa o corpo alquebrado,

Tom de alegre disfarçado,

Que dá pena na verdade.

A pessoa em Depressão,

Com nada mais se importa,

Tem o seu olhar distante,

Sofre sem achar resposta,

Fica abatida e descontente,

Até chegar infelizmente,

Em um caminho sem volta.

Quem sofre de Depressão,

Passa o tempo maquinando,

Um jeito pra por um fim,

A quem lhe está trucidando,

Quando sendo interrogado,

Tem na morte o resultado,

Do mal que está lhe matando.

Sua característica não muda,

Esse tal mal da Depressão,

Necessita ir à busca de ajuda,

Pra mundificar seu coração,

Correr em busca da luz,

Só apegando-se com Jesus,

Pode-se ficar livre então.

O elemento depressivo,

Faz, de conta que está bem,

Se fecha só em seu mundo,

E não conta pra ninguém,

É o mal do tempo presente,

Que já tem feito tanta gente,

Morrer sem revelar alguém.

Cosme B Araujo.

11/07/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 12/07/2021
Código do texto: T7297916
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