Danda, a menina que queria ser princesa
Danda era uma menininha
Que tinha medo de tudo
Era pretinha e buchuda
Com um jeitinho carrancudo.
Mas era doce. E seu sonho
Maior era ser princesa,
Morar num belo castelo
Em meio à Mãe Natureza
Onde flores e pardais
Cobrissem todo o seu lar
Fazendo dele jardim
Onde pudesse brincar.
Patos, porcos e galinhas
Na sua casinha havia.
Também pássaros canoros
Que cantavam em harmonia.
Mas a menina criava,
Sem ninguém ver, um dragão,
O seu verdadeiro amigo!
Amigo do coração.
Era um dragão invisível
Que só a menina via.
Com quem dividia as dores
E também com quem sorria.
Branca de Neve, queria
Ser, pra poder conviver
Com os sete anões da história
E aos seus cuidados viver.
Amava o anão Atchim!
Até histórias criou.
E uma delas, uma amiga
Cordelista a recriou.
Cresceu, tornou-se poeta,
Escritora, ilustradora,
Fotógrafa, também chargista.
De histórias, contadora.
Histórias para crianças!
Crianças da sua rua
Onde envolve-as com carinho
À medida que atua.
Formada em Filosofia
Sua vida é formular
Perguntas, cujas respostas
Seu povo não tem pra dar.
Vive fazendo perguntas
Esquisitas às pessoas
Da sua casa, que riem
Por serem pessoas boas.
É mestra em Literatura,
Gosta de ler e escrever.
Muitos livros já lançou!
Quem quiser peça pra ver.
Sua mamãe Iracema,
Por ela muito querida,
É a pessoa que mais ama!
É mesmo amor sem medida.
Diz ela que gostaria
Que os amigos que a mãe tem
Fossem todos seus amigos!
Pois todos lhe querem bem.
Não ficam com raiva dela!
Da mãe, ela quer dizer.
Estão de braços abertos
Sempre para a receber.
Uma pontinha de inveja,
Com carinho, da mãe tem
Por seus amigos diletos
Que tanto lhe querem bem.
Diz amar fazer bonecas
De pano! Mas hoje em dia
É cuidadora de estrelas.
E o faz com muita alegria.
Porém não é coisa fácil!
Porque algumas já estão
Bem velhinhas, bem velhinhas,
Carecendo de atenção.
No meio da escuridão
Já vão desaparecendo.
Danda, um tremor de emoção
Sente, isto percebendo.
Não quer que desapareçam!
Mas não pode interceder
Nas leis as quais o Universo
Cria e faz acontecer.
Tudo passa... Danda cresce!
E hoje a maior saudade
Da menina sonhadora,
Diz a mesma: - Na verdade,
É a casa em que nasci
Ali perto da maré
Onde vivi minha infância.
Ia à Escola andando a pé.
E ajudava a meninada
Na cata de caranguejo.
Reencontrar meus amigos
É mesmo um grande desejo.
Natal/RN, 16 de junho de 2021 - 21h:31 min.
Cordel de Rosa Regis originado do conto de Rosângela Trajano.
Danda era uma menininha
Que tinha medo de tudo
Era pretinha e buchuda
Com um jeitinho carrancudo.
Mas era doce. E seu sonho
Maior era ser princesa,
Morar num belo castelo
Em meio à Mãe Natureza
Onde flores e pardais
Cobrissem todo o seu lar
Fazendo dele jardim
Onde pudesse brincar.
Patos, porcos e galinhas
Na sua casinha havia.
Também pássaros canoros
Que cantavam em harmonia.
Mas a menina criava,
Sem ninguém ver, um dragão,
O seu verdadeiro amigo!
Amigo do coração.
Era um dragão invisível
Que só a menina via.
Com quem dividia as dores
E também com quem sorria.
Branca de Neve, queria
Ser, pra poder conviver
Com os sete anões da história
E aos seus cuidados viver.
Amava o anão Atchim!
Até histórias criou.
E uma delas, uma amiga
Cordelista a recriou.
Cresceu, tornou-se poeta,
Escritora, ilustradora,
Fotógrafa, também chargista.
De histórias, contadora.
Histórias para crianças!
Crianças da sua rua
Onde envolve-as com carinho
À medida que atua.
Formada em Filosofia
Sua vida é formular
Perguntas, cujas respostas
Seu povo não tem pra dar.
Vive fazendo perguntas
Esquisitas às pessoas
Da sua casa, que riem
Por serem pessoas boas.
É mestra em Literatura,
Gosta de ler e escrever.
Muitos livros já lançou!
Quem quiser peça pra ver.
Sua mamãe Iracema,
Por ela muito querida,
É a pessoa que mais ama!
É mesmo amor sem medida.
Diz ela que gostaria
Que os amigos que a mãe tem
Fossem todos seus amigos!
Pois todos lhe querem bem.
Não ficam com raiva dela!
Da mãe, ela quer dizer.
Estão de braços abertos
Sempre para a receber.
Uma pontinha de inveja,
Com carinho, da mãe tem
Por seus amigos diletos
Que tanto lhe querem bem.
Diz amar fazer bonecas
De pano! Mas hoje em dia
É cuidadora de estrelas.
E o faz com muita alegria.
Porém não é coisa fácil!
Porque algumas já estão
Bem velhinhas, bem velhinhas,
Carecendo de atenção.
No meio da escuridão
Já vão desaparecendo.
Danda, um tremor de emoção
Sente, isto percebendo.
Não quer que desapareçam!
Mas não pode interceder
Nas leis as quais o Universo
Cria e faz acontecer.
Tudo passa... Danda cresce!
E hoje a maior saudade
Da menina sonhadora,
Diz a mesma: - Na verdade,
É a casa em que nasci
Ali perto da maré
Onde vivi minha infância.
Ia à Escola andando a pé.
E ajudava a meninada
Na cata de caranguejo.
Reencontrar meus amigos
É mesmo um grande desejo.
Natal/RN, 16 de junho de 2021 - 21h:31 min.
Cordel de Rosa Regis originado do conto de Rosângela Trajano.