Um homem da terra

I

Filho do sertão, uma cria da terra,

Na várzea ou na serra, prossegue altaneiro.

E com fé gigante, sem medo de nada,

Vai seguindo a estrada de grande guerreiro.

II

Mas neste momento de emoção imensa,

Eu peço licença para lhes contar

Apenas um pouco de uma trajetória:

Uma bela história vou compartilhar.

III

Povo querido eu falo do Gutemberg,

Que ninguém o envergue na luta presente.

Pois usa só armas de felicidade,

Serve de verdade a toda boa gente.

IV

Muitos o conhecem por Guto, Gutinho,

Filho de Toinho de seu Joaquim Pedro.

Mas tem muito mais, pois ele é militante,

coração gigante, não cabe no enredo.

V

De família grande, com pais, quinze filhos,

Andando nos trilhos da felicidade.

Essa gente unida de enxada na mão,

com dedicação, com amor de verdade.

VI

Nos anos difíceis do povo da roça,

A seca com troça batia demais.

E sem ter recurso o lavrador sofria

Nem sempre colhia e se apertava mais.

VII

Toinho e Maria sempre a batalhar,

conseguem comprar um pedaço de terra.

E a grande família sempre muito unida

Corre para a lida, pronta para a guerra.

VIII

E dos quinze irmãos daquele belo povo,

Guto era o mais novo, e começava a vida

Com uma tristeza, mas que atrocidade:

seis anos de idade perde a mãe querida.

IX

Os irmãos mais velhos tomaram de conta

Para que a desmonta não tomasse pé.

O pai sempre teve a vida bem regrada

Pra não faltar nada trabalhou com fé.

X

Lições de uma vida em gotículas leves,

Em gestos tão breves, vão enriquecer

Um aprendizado, de forma abrangente,

Vai moldando a gente e nos faz aprender.

XI

O bom nordestino quando vai embora,

Pelo mundo a fora não encontra um lar

Melhor do que aquele que tem no Nordeste.

Ele luta, investe, pensando em voltar.

XII

São Paulo lhe deu as lições da verdade,

Com humildade não recusou serviços.

A vida na roça e nas terras distantes

Foram importantes, grandes compromissos.

XIII

Voltou para casa seu teto, seu chão,

Aquela missão, decerto que foi cumprida.

Aquele menino, tão jovem, sem medo,

Lutou desde cedo nos campos da vida.

XIV

De família honrada, um exemplo de luta,

Excelente conduta e camaradagem.

De pessoa assim estamos precisando,

Ele está lutando, digo de passagem.

XV

Com muita peleja, estudo e trabalho,

Não é quebra-galho, seu nome é missão.

Nesta trajetória de pessoa rara,

Tem a mesma cara de homem do sertão.

XVI

Feliz por ser pai, pois filho é joia rara,

Guto, Maria Clara, a Layla e Talita.

Igual jardineiro, na vida com flores,

Carinhos e amores, que coisa bonita!

XVII

Tem na plataforma o desenvolvimento

E melhoramentos para o cidadão.

O povo da terra lhe deu um mandato,

E o Guto de fato mostra retidão.

XVIII

Sempre militando a favor do mais pobre,

Um gesto tão nobre deve ser seguido.

E na "casa do povo" ele se destaca,

Levando a voz fraca do povo sofrido.

XIX

Forte, lutador, não se esconde da crise.

Com a amada Layse e os amigos e irmãos,

Segue a militância, o debate político,

O manejo crítico, o apertar de mãos.

XX

Eu vou terminar por aqui, por enquanto.

Sabemos o quanto é de grande valor

Viver em família: pai, filhos, amada,

Irmãos... - Camarada, sou seu eleitor.

***

Pio IX, PI, 09/6/2021

Singela homenagem

Jarrê
Enviado por Jarrê em 09/06/2021
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