TUDO ACABA EM PIADA, NESSA TERRA DE BRINQUEDO
Num país sem estrutura,
Onde tudo é diferente,
Sente falta, toda gente,
Duma vida mais segura,
Com trabalho e fartura,
E isso não é segredo,
O trabalhador tem medo
De ficar a pé n’estrada.
Tudo acaba em piada,
Nessa terra de brinquedo.
Muito se fala em justiça,
Apurando o que é errado,
Dando ao justo seu bocado,
Sem um nada de preguiça,
Como árvore que viça;
Mas vemos que, logo cedo,
Inverte-se o enredo
Dessa luta malfadada.
Tudo acaba em piada,
Nessa terra de brinquedo.
Resta apenas o consolo,
Àquele injustiçado,
Sofredor, pobre coitado,
De saber que nesse rolo,
Ou se é honrado ou tolo;
No infeliz arremedo
D’algo forte qual rochedo,
Nunca se chega a nada.
Tudo acaba em piada,
Nessa terra de brinquedo.
Bom dia, amigos.~
Ótima sexta, Deus os abernçoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Jacó, pela bela interação.
Eu sei mas não me conformo,
Com tudo que tenho visto,
Seu cordel faz o registro,
Da vítima que me torno...
(Jacó Filho)
Obrigado, Guida, pela bela interação.
Nessa terra de brinquedo...
Até parece conto de fada...
Quando vem alguma promessa...
De que a coisa vai melhorar...
Vem logo a foice afiada...
Para nosso sonho desmoronar...
Às vezes eu tenho medo...
Do futuro que nos espera...
Para meus filhos e netos...
Qual mundo eu vou deixar.?
(Guída Sá)
Obrigado, Valdir, pela brilhante interação.
Tancredo Neves também,
que foi político estadista,
perdeu a sua conquista,
procurando o que não vem...
De Gaulle foi mais além,
fazendo crítica sem medo...
E o que diria Tancredo,
de bom humor, à Embaixada?
"Tudo [se] acaba em piada
nessa terra de brinquedo.
(Valdir Loureiro)