"NA TRAJETORIA DA VIDA"-11.
Chego aqui mais uma vez,
Filosofando as verdades,
Que temos nessa vivencia,
Desse mundo de maldades,
Comentando a trajetória,
Do homem e sua história,
E a mais pura realidade.
Sei que a vida não é fácil,
Mesmo tendo ingredientes,
Corre igual a um elevador,
Nos dias de expedientes,
Não dá pra retroceder,
Sem querer vai entender,
Que se caminha pra frente.
Sofre muito o ser humano,
Cometendo insanidades,
Correndo em busca de coisas,
Sempre nas extremidades,
Por não querer entender,
Embora vindo a nascer,
Sem ter nada na verdade.
Mas no decorrer da vida,
Passo a passo vai galgando,
Um degrau de cada vez,
Vai sua vida gastando,
E cada batalha vencida,
Pode perceber que a vida,
Para o fim vai caminhando.
Mas o que é interessante,
É que no intermediário,
O ser humano se arrisca,
Nesse estagio temerário,
Mesmo sem acreditar,
Sendo afoito a se arriscar,
Até sem ser necessário.
Observe o ser humano,
Vivendo suas loucuras,
Correndo a busca de bens,
Estonteantes torturas,
Embora venha objurgar,
Que nada poderá levar,
Ao descer a sepultura.
Mesmo assim continua,
Na busca desenfreada,
De ter sempre mais e mais,
Pra levar vida folgada,
Embora ninguém lhe diga,
Quando estará de partida,
Ou no fim dessa jornada.
Na trajetória da vida,
Que vivemos nessa terra,
Cheia de altos e baixos,
De pouca paz, muita guerra,
Sem ter pra onde correr,
Só deixamos de viver,
Quando a batalha encerra.
Aqui todo homem sabe,
Tendo vida desregrada,
Mesmo assim a maioria,
Tem vida desenfreada,
Gastando muito do tempo,
Correndo atrás do vento,
Mesmo que não leve nada.
Nu viemos a este mundo,
Pra ele nada trouxemos,
As coisas que aqui buscamos,
Nenhuma delas levaremos,
Por isso pra que correr,
Com ganancia de mais ter,
Aqui na vida que temos.
Existe em cada pessoa,
Uma vontade de possuir,
Bens que o mundo oferece,
Enquanto estamos aqui,
Mesmo tendo a consciência,
Que terá por recompensa,
Deixar tudo isso aqui.
O homem é ser teimoso,
Todo cheio de invenção,
De poucas coisas faz juízo,
Quer tenha sucesso ou não,
Assim a grande maioria,
Passa por ampla agonia,
Pra mudar de direção.
Mas isso não é de agora,
É desde o tempo de Adão,
Que o homem tem astúcias,
Que o mete em aflição,
Quando a coisa é proibida,
Muitas vezes arrisca a vida,
Pra praticar tais ação.
Desde o jardim do Éden,
Que o home é desse jeito,
Gosta de inverter as coisas,
Também de botar defeito,
Discorda do que está certo,
Fazendo-se de espeto,
Torcendo o que está direito.
Tenho às vezes ponderado,
Com certas coisas que vejo,
Do homem em suas loucuras,
Andando iguais caranguejos,
Nessa ofeguenta corrida,
Que vai desgastando a vida,
Para atender seus desejos.
Na verdade o ser humano,
Apronta as suas façanhas,
Fingindo-se de modesto,
Quer sempre fazer barganha,
Mas há um ditado certo,
Quem se mete a ser esperto,
Só aprende quando apanha.
O certo é nós aprendermos,
Com erros de outras pessoas,
Vivendo de modo correto,
Não se consumindo atoa,
Tendo a verdade por perto,
Fazer sempre o que é certo,
Não no tal cara ou coroa.
É desse jeito que a vida,
Vai aos poucos se esvaindo,
Como lama entre os dedos,
Gota a gota vai sumindo,
E assim todo o vivente,
Quer sábio ou imprudente,
Vão da vida se excluindo.
Sem querer volta-se ao pó,
Morte em toda a natureza,
Que o homem abraçará,
Mesmo cheio de proezas,
Quando for vai deixar tudo,
Bens minguados e graúdos,
É nossa singular certeza.
Pois ninguém é diferente,
Todos tem o mesmo fim,
Nascer, crescer e morrer,
Aqui nesta vida é assim,
Deixa o homem se gabar,
Mas quando o dia chegar,
Vai e deixa tudo enfim.
Cosme B Araujo.
O1/06/2021.