OS PÓLOS OPOSTOS OU A IGNORÂNCIA SEM LIMITE
Desde que existe gente
Grupos foram se formando
Cada qual no seu quadrado
Politicamente falando
Cada um puxa ao seu lado
Nesse jogo bem jogado
Os humanos foram jogando.
 
Na Grécia surgiu o grito
Viva a democracia!
Acirrando as disputas
Que chegou aos nossos dias
Ninguém nega ser legal
Talvez a mais ideal
Se a disputa for sadia.
 
Mas como aqui no Brasil
Tudo funciona ao contrário
Dirigentes são eleitos
Pra nos fazer de otários
Virou uma grande Babel
Misturaram andiroba e fel
E chegamos a esse cenário.
 
Em meio a uma pandemia
Um presidente “loucão”
Anda “pagando” de brabo
Fazendo aglomeração
Até marcha pra Jesus
Ele faz, ai credo em cruz
Atormentando a nação.
 
Aí paira a ignorância
Leis são desobedecidas
Não há respeito por nada
Nem ao menos pela vida
Quem devia ser exemplar
É o primeiro a incitar
A boiada enraivecida.
 
Agora pasmem vocês
Pra completar o tumulto
O outro grupo se vinga
Por esse grande insulto
Vai pra rua feito o cão
Fazendo aglomeração
Igualzinho a seres brutos.
 
O problema é que o vírus
Não tem sigla de partido
Tanto faz se for cristão
Pai de família ou bandido
Se o nome é Chico ou José
Se é homem ou mulher
Passa o “sal” no indivíduo.
 
Minha humilde opinião
Talvez nem queira saber
Mesmo assim tenho o direito
E por isso vou dizer
Nossa arma está às mãos
Título de eleitor, irmão!
E isso dá pra fazer.
 
Sei que temos muita pressa
Para todos se vacinar
Porém não é o momento
Correto pra aglomerar
Agindo assim desse jeito
Só dá arma ao sujeito
Que a muitos quer matar.
 
Se fosse em outros momentos
Eu também ia às ruas
Lutar por dias melhores
Essa luta é minha e sua
Mas vamos ser coerentes
E não criar ambiente
Para uma “guerra” mais crua.
 
Espero que tudo isso
Não nos tenha causado mal
E daqui a uns quinze dias
Volte a lotar hospital
Pois esse vírus maldito
Mata feios e bonitos
Pega a todos em geral.
 
Deixo um abraço a todos
Desculpem a opinião
Não me meto nessas tretas
Feito menino “birrão”
Um pobre a outro ofende
Com garras e unhas defende
O político de estimação.
 
No final eles se entendem
São farinha do mesmo saco
E o coitado do pobre
Não troca nem o casaco
Compra o gás e se arrebenta
O quilo de carne é cinquenta
Sua vida é um fiasco.
 
No final todo extremismo
Político ou religioso
Torna o homem um imbecil
Um ser bastante perigoso,
Pois ele não ver mais nada
Quer resolver na porrada
Por nada fica raivoso.