HOMENAGEM A TIO MANOEL ALVES

Tio Manoel foi um homem bom,

Teve um grande desempenho,

Foi um grande trabalhador,

Desde criança lotou,

Com isso ele conseguiu,

Ser um senhor de Engenho.

Criou toda sua família,

Dando uma boa estrutura,

Com estudo e trabalho,

Eles foram se organizando,

Começara a plantar cana,

Para fazer raspadura.

Foi casado muitos anos,

Com a tia Izabel,

Com ela teve seus filhos,

os quais foram bem criados,

E ela já bem velhinha,

Foi chamada por papai do céu.

Com os filhos já criados,

Ficou viúvo e sozinho,

Morando num casarão,

Que chega dava agonia,

Sua filha dona Carminha,

Cuidava com amor e carinho.

O tempo foi se passando,

E ele naquela solidão,

Apareceu uma viúva,

Que parecia um veneno,

Também senhora de Engenho,

Foi dona Julia do Murrão.

Ele era muito católico,

Toda semana ia a missa,

Foi quando ele conheceu,

Uma moça muito importante,

E também trabalhadora.

Que sua graça é Cícera.

Seus filhos nada gostaram,

Foi grande a revolução,

Porque ela era muito nova,

Nada poderia dá certo,

Mais o Tio era correto,

E sentiu grande emoção.

os filhos com o olhar grande,

Pareciam viver nas trevas,

Tio Manoel teve a decisão,

Pra ter a vida mais feliz,

Já cançado de trabalhar,

Dividiu com eles as terras.

Pra realizar sua vontade,

Que não era nada omissa,

Venceu todas situações,

De sua vida frustrada,

E pra viver bem feliz,

Ele casou-se com Cícera.

Diante daquela promessa,

Que os casais fazem na igreja,

Ele prometeu a Cícera,

Que seria um grande amor,

Na alegria ou na dor,

Na riqueza ou na pobreza.

Ela era tão nova pra ele,

Que até se envergonhava,

Naquela situação,

Quando alguém lhe perguntava,

Não falava o nome dele,

Dizia o homem lá de casa.

E com o passar do tempo,

Eles foram muito feliz,

Vivendo um grande amor,

E uma imensa harmonia,

Em ter casado com Cícera,

Foi tudo que Tio Manoel quis.

Viveram a felicidade,

E não sofreu desengano,

O tempo foi se passando,

E chegou o grande dia,

Do maior aniversário,

Quando ele completou cem anos.

Ele era muto feliz,

Vivendo aquela alegria,

Era cheio de orgulho,

De tudo ele fazia,

Para agradar a mulher,

Que era sua companhia.

Cumpriu toda sua missão,

Como um bom pernambucano,

A sua vida foi mudando,

E eles viveram felizes,

Até que o pai criador,

O chamou aos cento e sete anos.

A Cícera ficou viúva,

Mais não está arrependida,

já passaram alguns anos,

E a gente não esqueceu,

De um casal que viveu,

Uma história tão bonita.

Autor: Orlando Santos

Em, 25/05/2021