O Rio da Minha Terra

O rio da minha terra

Tem fartura muito grande

Não se resumindo aqui

Por outros locais se expande

E todos falam bem dele

Por onde quer que eu ande.

Quem gosta de peixe fresco,

Se entrega na pescaria

E quem gosta de sonhar

Se perde na fantasia

O rio oferece muito,

Só não a melancolia.

Na embarcaçãozinha rústica,

O homem faz a travessia

De quem vai ao outro lado

Comprar a mercadoria

Ou de quem queira comprar

Suprimentos para o dia.

O poeta muito tímido

Busca por inspiração

Se senta à beira do monge

E solta a imaginação,

Pega de Da Costa e Silva

Um começo de canção.

A moça mais uma vez

Em noite muito quieta,

Bota dentro da garrafa

Um verso belo do poeta

E junto dele um pedido:

Que a vida seja completa.

O que o rio me oferece,

Como posso descrevê-las?

São cristaizinhos no leito,

Quando a noite vem com elas,

Bordando meu Velho Monge

Com luzes assim tão belas.

Não são somente as estrelas

Que este rio me oferece

No tempo da enxurrada,

Quando a água escura desce

Fertiliza minha terra;

Toda planta logo cresce.

No rio da minha terra

Tem fartura muito grande

Não se resumindo aqui,

Por outros locais se expande

E todos falam bem dele

Por onde quer que eu ande.

Eduardo Persa

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 11/05/2021
Código do texto: T7253039
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