Sítio Guaribas

Cheguei à casa de dona Maria

Pelos cachorros fui recebido

Medo? Tive

Mas continuei no objetivo

A comunidade de Guaribas

Apesar de ser a minha

Era um mundo desconhecido

Pois nenhuma história tinha

Imagine...

Um mundo sem direção

Te perguntam: de onde és?

E tu dizes: eu não sei não

Questionei-me, e isso me doía

Sem demora, dia após dia

Fui atrás de uma resposta

E encontrei três portas

Uma população

Que nunca sentiu necessidade

Sobre qualquer informação, Dizem:

Vá buscar lá na cidade

De relato em relato

Um papo aqui outro acolá

Fui chegando de mansinho

Até começarem a falar

Guaribas é um processo

Com nome sem explicação

Relatam que ali era Lagoa Grande

Mas não sabem o porquê da divisão

Fui até a cidade

Falar com Professor Severino

Que logo me informou

Me orientando um caminho

Em suas histórias

Por ali havia pássaros e plantas

Daí viria o nome

Apesar do povo, disso não ter lembrança

Na senhora internet

Guaribas seria uma espécie de macaco

A árvore gogó-de-Guariba

Ou o Guaruba, um belo pássaro

Seja qual for a origem ou espécie

Dela não tirará a humildade

Do canto do pássaro, ao som do macaco

Guaribas é uma comunidade

Ainda em dúvidas

Uma história será formada

Porque um povo sem história

É igual uma casa destelhada

Com um pouco de cada um

Pude escrever um textinho

São vivências e sobrevivências

Que fazem parte do caminho

Cada letra e palavra

Servirá como uma rota

Facilitara a estrada

Para os que crescem agora

Sítio Guaribas, Igaci- Alagoas, Cordel escrito para conclusão do curso de Agente Cultural

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 09/05/2021
Código do texto: T7251535
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