bordadeiras em flor

Olhe bem, essa menina.

tenho algo a lhe dizer

Nos encontros, as palavras, olhos acesos, abertos ,

Diferentes rostos, diferentes corpos,

o encontro virtual ( frenesi tecnológico), virou partilha de afetos

Nestes dias tão custosos, de afastamento e solidão,

encontrei nesta tabula imperfeita

Um cantinho de doçura, de afável fruição

Sob a batuta de Celia e Marcella,

Falas, sorrisos, danças, movimento

O que tava esquecido num canto

Foi repensado, refeito com sentimento

Refazer, repensar, o que está posto

Pois te digo, isto é antropologia através do corpo!

Um dia era, então, o bordado

Bordar o mundo, bordar tudo, bordar junto.

Parece loucura, doidice mesmo!

Mas foram horas de calma,

Teve simples movimento, teve mulher-mãe e seu rebento

Brincando, bordando no prepraro do alimento

Nestes dias tão confusos, Criamos, construímos

um laço, um abraço, um arco floridoque fez florescer,nas conversas, nas leituras, nas trocas ,os sorrisos,

No toque das folhas, no regar

matinal, bordei traços de chuva ,

Escavando a terra ,suavizei humores , espantei as dores,

Sob meu olhar espectral

Minhas mãos retintas, cor de terra, como as da mãe, aqui está minha herança ancestral!Bordado diferente, inusitado

Bordar pano, papel, corpo, sensação

Que tarefa bonita! Traçados cheios de vida!

Que tira a gente do marasmo, reacende a inspiração

Que tava ali quietinha , escondida, esperando um não- sei -o -que de emoção

Pra acordar, respirar, e La vamos nós de novo...recomeçar!

laila alga
Enviado por laila alga em 05/05/2021
Código do texto: T7249046
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