" UM CORDEL DE VERDADE- 01".

Quero aqui escrever,

Um cordel bem diferente,

Só para aquele que lê,

A esses versos presentes,

É um cordel de verdades,

Pra quem tem capacidade,

De nascer inteligente.

Minas nos deu Juscelino,

Rio Grande deu Getúlio,

Já o tal Rodrigues Alves

Nasceu em sete de julho,

Carnaval é fevereiro,

Primeiro mês é janeiro,

Porção de lixo é monturo.

E Eurico Gaspar Dutra,

Nascido no mês de maio,

Rui Barbosa era baiano,

A tal zonzeira é desmaio,

Quem tem animal fujão,

Ou bota nele um cambão,

Ou lhes bota um chocalho.

Já Floriano Peixoto,

Nasceu no mês de abril,

Mês que morreu Tiradentes,

Na forca com morte hostil,

Só um, que foi Lampião,

Pôde assombrar o sertão,

No nordeste do Brasil.

João Batista Figueiredo,

Nasceu no mês de janeiro,

Dos tempos de ditadura,

Este foi o derradeiro,

Um general de patente,

Foi geografo e presidente,

Do estado brasileiro.

A Rosa é flor preferida,

Para se dá de presente,

O que conhece a espécie,

Um galho vira semente,

Mesmo sendo astucioso,

Diz um ditado famoso,

Que macaco não é gente.

Há pandeiro e berimbau,

Em rodas de capoeira,

Não consegue se aprumar,

Quem descamba na ladeira,

Nunca mais terá sossego,

Quem contar o seu segredo,

Pra pessoas fuxiqueiras.

Peixe morre pela boca,

Sem saber já constatei,

Mas esse velho ditado,

Não fui eu que inventei,

Mas quero ver só você,

Sem conhecer entender,

Ao linguajar japonês.

O pescador de mariscos,

Tem lá suas artimanhas,

Pois pra pegar caranguejo,

É preciso ter as manhas,

Amargo é arroz queimado,

Ninguém nada sossegado,

Em lago que tem piranha.

Sei que primeiro de maio,

É o dia do trabalhador,

Já vinte e nove de junho,

Sabe quem é pescador,

Barrigueira é pra cavalo,

Vento forte quebra galho,

Analgésicos é para dor.

Pelé o rei do futebol,

Nascido em Minas gerais,

Quem é dono de fazendas,

Sempre põe um capataz,

O malandro descuidado,

Sempre vive complicado,

Anda olhando pra trás.

Arthur Antunes o Zico,

Nasceu no Rio de Janeiro,

Conhece melhor o mar,

O sujeito jangadeiro,

Nos tempos medievais,

No grupo dos maiorais,

Estavam todos arqueiros.

A Xuxa nasceu em março,

No ano de sessenta e três,

Já Massami Kuwashima,

Foi um piloto japonês,

Nove são os cardinais,

Mantena é Minas Gerais,

Doze é o dobro de seis.

Peru que morre na vespa,

Isso é um dito popular,

Mochila anda nas costas,

De quem souber carregar,

Carga ficou pra cavalo,

Vai sentir a dor do calo,

Quem o fizer estourar.

Bahia é o maior estado,

Do nordeste brasileiro,

Aprende a tocar berrante,

Quem nasce pra boiadeiro,

Cachorro que come ovo,

Apanha e volta de novo,

Pra porta do galinheiro.

Ninguém consegue medir,

A força da tempestade,

Só vira universitário,

Quem entra na faculdade,

Quem vive desempregado,

Sem nenhum tostão furado,

É pai das necessidades.

Nunca vi propagandista,

Que não fizesse barulho,

O dia dos agricultores,

É vinte e oito de Julho,

Na língua dos viciados,

A maconha é baseado,

E toda droga é bagulho.

Chamava-se Filomena,

A mulher de Ludugero,

Pássaro de canela fina,

É o famoso Quero Quero,

Tango é dança argentina,

Água gostosa é da mina,

Ouro é metal amarelo.

Cosme Barroso Araújo

05/05/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 05/05/2021
Reeditado em 05/05/2021
Código do texto: T7248845
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.