ESCRITOR E ÁGUA POTÁVEL SEMPRE ENTRAM PELO CANO
Seja em verso ou prosa,
Ao exercitar a arte,
Todo poeta faz parte
De um mundo cor de rosa,
Onde vigora a famosa
Máxima, de cujo plano,
Entra ano e sai ano,
Escapar não é provável:
Escritor e água potável
Sempre entram pelo cano.
É verdade que o artista,
Em qualquer modalidade,
Passa por dificuldade,
Para agradar a vista
Do cidadão ao turista,
Ante o ato soberano
De quem julga, leviano,
O que não é agradável.
Escritor e água potável
Sempre entram pelo cano.
Se publica sua obra,
Ganha editor e livreiro,
Mas ao autor, altaneiro,
De fato, pouco lhe sobra,
Já que tudo se lhe cobra,
A título de perda ou dano,
Num esgar quase profano,
D’alguém pouco confiável.
Escritor e água potável
Sempre entram pelo cano.
Assim, resta, simplesmente,
Esperar que algum dia
Haja uma melhoria
Na situação vigente,
Que se plante a semente
De sistema mais humano.
Do contrário, ledo engano,
Pensar tornar-se notável.
Escritor e água potável
Sempre entram pelo cano.
Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Edgar, pela bela interação.
Ao escritor, na verdade pouco importa
Que todo esse lucro fique na retorta
E com o talento a tudo ele suporta
Com suas ideias ele abre a porta
O conhecimento, é que ele exorta
Nesse sentido, ele abre a comporta
E o conhecimento satisfaz e conforta
Interessa, que a ignorância seja morta.
(Edgar Alexandroni)
Obrigado, Helena, pela excelente interação.
É VERDADE
Na verdade, na verdade,
devo concordar contigo,
é bem duro, meu amigo,
uma grande crueldade,
um pecado, e profano,
porém é inevitável:
escritor e água potável,
sempre entram pelo cano.
(HLuna)
Obrigado, Elígio, pela honra da interação.
Ao escritor comum
cabe mais satisfação
e você fala com um
que escreve com o coração.
(Eligio Moura)
Obrigado, Jacó, pela brilhante interação.
Fui iludido e não nego,
Mas descobri sem demora,
Que a mídia nos ignora,
E saberia, mesmo cego.
Mas como era meu sonho,
Aguentei mais que suponho,
Fosse para mim, viável,
Com a mulher confirmando.
Escritor e água potável
Sempre entram pelo cano.
(Jacó Filho)
Obrigado, Norma, pela bela interação.
O LUCRO FICA NA EDITORA/
QUE NÃO DÁ NEM SATISFAÇÃO
SE VENDE, ENCALHA NA HORA
ESCRITOR NUNCA TEM RAZÃO
A OBRA FICA ESCONDIDA
NÃO HÁ COMO PODER DIVULGAR
E EDITORA A DEIXA RECOLHIDA
PARA O AUTOR ATRAPALHAR
A GENTE PEDE OS DIREITOS
MAS EDIOTA ENGANA O ESCRITOR
É PRECISO BUSCAR AUTORAIS DIREITOS
MAS O ESCRITOR É UM POBRE SOFREDOR.
(Norma Aparecida Silveira Moraes)
Obrigado, Valdir, pela excelente interação.
No esgoto de uma cidade,
corre sempre algum canal:
vala comum, pluvial,
com uma chuva de maldade
que atrai genialidade
para o fundo do Oceano;
que faz de fluente, lhano,
um livro e um líquido saudável./
"Escritor e água potável
sempre entram pelo cano."
(Valdir Loureiro)