BELUCA E GERENTE DO BANCO DO BRASIL

Beluca era um brincalhão

Um contador de história

Que faz parte da memória

Da nossa população

Pois tinha a reputação

De sempre se apresentar

Como o rico do lugar

Dono de muitas riquezas

O único das redondezas

Com dinheiro pra estocar

Contam que num mês de abril

Beluca foi a Natal

E ao chegar na capital

Foi ao banco do Brasil

Entrou e se dirigiu

Ao gerente do lugar

Que falou: pode sentar

E dizer o que deseja

Tem café na outra mesa

Se quiser, eu vou buscar

Beluca disse: doutor

Eu não quero incomodar

Só precisa me ajudar

Com um pequeno favor

Eu vim lá do interior

Abrir conta nesse banco

Pois preciso de um canto

Pra guardar o meu dinheiro

Porém eu quero primeiro

Botar o preto no branco

O rapaz atentamente

Mexeu no computador

E o sistema acusou

Que o seu novo cliente

Já tinha conta corrente

Em Lajes, no interior

Onde mora o senhor?

Eu moro longe daqui

Em Lajes do cabugi

Beluca assim lhe falou

O gerente quis falar

No entanto se calou

Um documento olhou

E voltou a questionar

Se o senhor tem conta lá

Na sua localidade

Pra sua comodidade

Não precisa vir pra cá

Basta só depositar

No banco da sua cidade

Respondendo ao funcionário

Que pedia explicação

Beluca disse: pois não

Meu caro amigo bancário

É que sou um empresário

Tenho dinheiro demais

Fazenda, terra, animais

Sou homem bastante rico

Em Lajes não deposito

Por que lá não cabe mais