"BATA EM MIM, QUE EU QUERO VER". Mote alheio com falácia de bom humor, emprestado da Literatura de Cordel

"BATA EM MIM, QUE EU QUERO VER":

Mote alheio

1) Poeta KVeirinha insultou:

Eu falei que não sabia

Enfrentar um desafio,

Mas agora, eu sou seu tio

E você é minha tia.

Jesus, José e Maria

Vão ter pena do seu ser.

Se for por mim, não vão ter,

Que, em mudança, eu faço estrago:

Transformo "tia em tiago".

"Bata em mim, que eu quero ver."

Valdir Loureiro

2) Poeta KSerrote retrucou:

Já eu sou forte e famoso.

Passo por cima do fogo,

Piso a mesa e viro o jogo;

Faço do pé meu escudo.

Curo a Praga do Bicudo.

Mas vou fazê-lo sofrer...

Se não desaparecer

Antes que eu chegue perto,

Vou pisá-lo "a céu aberto".

"Bata em mim, que eu quero ver."

Valdir Loureiro

______________________________________

Notas:

1) Ressalva: "bater", significando desfazer do outro, como "brincadeira de bom gosto", e não ofensa moral nem física. Desafio fictício entre dois poetas, no mote em uma linha.

2) Décimas acima com redondilhas maiores e rimas intercaladas (abbaaccddc).