Tenha zelo do caneco
Sigeduc viciou
Lá pras brenhas do Recife
De dia jogava dados
De noite jogava pife
Foi chamado à diligência
Era um caso de emergência
De extrema importância
Se enclausurou numa jaula
E foi preciso dar aula
Na plataforma à distância
Sigeduc, arranje um quadro
Uma câmera, um tripé
Uma luz pra aluminar
Com vela de candomblé
Melhora um pouco a imagem
Faça uma maquiagem
Com lápis de quadro branco
Já dizia o evangelho
Que motor de carro velho
Só pega no solavanco
Sigeduc explique a aula
Ponha a média e a presença
Se sair diga: já volto!
Se voltar peça licença
Tire a mente do boteco
Tenha zelo do caneco
Quando for no bebedor
Lembre não tocar o rosto
Repare se sente gosto
E também sente odor
Sigeduc traga o livro
Esquecido na estante
Quando terminar a aula
Feche a sala e depois jante
Vá nas redes sociais
Nas missas dominicais
Chame o povo pra assistir
Ponha isso em sua mente:
Não permita que o discente
Se proponha a desistir
Sigeduc você viu?
Mandaram outro decreto
Desta feita a coisa é braba
Tá me deixando inquieto
O problema é gigante
Tem uma nova variante
Circundando a nossa volta
Quando enfim for retornado
Acionarei o Estado
Vou ensinar de escolta.