" A VIDA NA PANDEMIA"

Hoje me fugiu o sono,

Peguei-me a imaginar,

Dentro dessa pandemia,

Que veio nos molestar,

Deixou o mundo sem norte,

Pois pra ela não há forte,

Pra conseguir se safar.

O mundo estava tranquilo,

Sem viver preocupação,

Tendo a vida livre e solta,

Por todo esse mundão,

Mais a coisa ficou tensa,

Quando essa pestilência,

Bateu em cada portão.

Alterou nossa rotina,

Sessou assim o chamego,

Quem vivia sossegado,

Começou pedir arrego,

E quem estava empregado,

Com orçamento minguado,

Passou a viver com medo.

A coisa foi piorando,

a cada mês que passava,

E a corrida pela vida,

A cada dia aumentava,

Viu-se pelo mundo inteiro,

Tanta angustia e desespero,

Quando a noticia chegava.

Assim por cada país,

Procuravam se ajustar,

Os infindos protocolos,

Pra coisa não desandar,

Parecendo tudo em vão,

Como grande turbilhão,

Não se pode contornar.

Quem vivia passeando,

Passou viver confinado,

Ninguém entrava ou saia,

Em países ou estados,

Trancaram-se as fronteiras,

Com flagelante bandeira,

De um mundo destroçado.

Assim passou-se o ano,

Mas a vírus permanece,

Famílias se desfazendo,

Numa terra que fenece,

Ficou tudo em desespero,

Os afoitos com receio,

De algo que não se conhece.

O mundo religioso,

Passou a ser afetado,

Acabaram-se as reuniões,

Dos templos abarrotados,

Ficando uma minoria,

E tantas igrejas vazias,

Em calamitoso estado.

A vida está tão difícil,

Com essa grande pandemia,

Perto se tornou distancia,

Até mesmo pra família,

Depois de isso começar,

O mundo inteiro a chorar,

Vestiu de luto a alegria.

Parece que isso veio,

Pra o homem olhar pra cima,

Aprender ser mais humano,

Como sendo nossa sina,

Ter bem mais robusta fé,

Crendo que se Deus quiser,

Tudo isso um dia termina.

Com desemprego em alta,

A fome vem aumentando,

Vemos famílias inteiras,

Com o vírus dizimando,

Muitos sem ter o sustento,

Tem da vida o sofrimento,

E com a própria pagando.

Nessa pandemia estranha,

E o mundo em calamidade,

Ninguém se sente seguro,

Sejam de qualquer idade,

Com tanta morte de gente,

O estado subsequente,

Já não é mais novidade.

Coisas que nunca se viu,

Hoje está acontecendo,

Pelo medo do contagio,

E tantos enlouquecendo,

Nessa vida complicada,

E a raça humana trancada,

Aos montes estão morrendo.

Isso tem nos obrigado,

A tomar novas medidas,

Se quisermos escapar,

E preservar nossas vidas,

Máscaras e Álcool gel,

Tem sido um amargo fel,

Ninguém vê outra saída.

Mas nossa fé e esperança,

Servem a nós de suporte,

Nesses momentos sombrios,

Juntos seremos mais fortes,

Cada um faça sua parte,

Amenizando esse desastre,

Contando até com a sorte.

O mundo ficou sombrio,

A vida inda mais estranha,

Quem esbanjava alegria,

Fazendo grande façanha,

Hoje anda entristecido,

Pelos cantos escondidos,

Sem sossego e com insônia.

Perderam-se tantas vidas,

Que está difícil contar,

Nos profissionais de saúde,

Que trabalham sem parar,

Arriscando as suas vidas,

Em esforços sem medidas,

Tentando aos outros salvar.

Agora está clareando,

Com a vinda da vacina,

Fazendo a gente sonhar,

Que breve isso termina,

E tudo volte ao normal,

Com futebol e carnaval,

E livres da cloroquina.

Cosme Barroso Araújo

07/04/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/04/2021
Reeditado em 07/04/2021
Código do texto: T7226086
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