EU NASCI NA ROÇA
E nunca vou abandonar
Hoje moro na cidade
Mas o coração mora lá
Sempre que posso
É onde eu quero estar.
Quem morou sabe o valor
De sentar pra uma prosa
Um café logo era servido
Aquela bebida cheirosa
Até hoje o perfume
Daquela vida na roça.
Não tinha luz elétrica
Só fifó ou candeeiro
As noites uma beleza
Se sentava no terreiro
Chegavam os colonos
Que trabalhou o dia inteiro.
Pra os colonos da fazenda
Não faltava disposição
Era hora de prosear
Pra eles era obrigação
Diziam com alegria
Isso faz bem ao coração.
Quem viveu na roça
E chegava o São João
Tinha aquela fogueira
Não faltava animação
Aquele tempo podia
Se fazer aglomeração.
Irá Rodrigues