SECO SEM POESIA
Nos últimos meses estou
Tão seco sem poesia
A fonte que existia
Veio o verão e secou
Diga-me ó grande Apolo!
Por que a mim só vem choro?
Me foge a criatividade
Trancado em minha caverna
Sou pai que o filho despreza
No asilo da obscuridade.
 
Nem um poema de dor
Sai deste ser miserável
No calvário deplorável
Não há espaço ao amor
Que venha logo a bonança
Com a luz da esperança
Iluminando o meu dia
Abra-se a porta secreta
E traga a esse poeta
Um clarão de poesia.
JOEL MARINHO