Pivô

Por incrível que pareça;

E tanto tenha aflorado;

Do ritmo perde-se o sentido,

E o modo de proceder:

Nem ética nem empatia;

Tudo faz retroceder.

Uma liberdade estranha:

Desconecta e invasiva;

Traz afronta e insinua:

Em muito desmerecida;

Muitos a utilizam em fuga,

outros, um ego compadecido.

Decerto não há controle,

Por parte do provedor;

Instiga quem compartilha,

E não permite o pensar;

Estão todos neste preceito,

Pois é difícil mudar.

É programa sem censura;

Veredas em alto mar;

A mídia e sua influência,

Interferindo no agir;

Cada indivíduo a seu modo,

Faz leitura dos brasis.

Assim seja feita a vontade,

Aqui de quem faz a crítica;

Se o poder emana do povo,

Não conta sorte nem sina:

Cada um vê a seu modo:

Do olho, o forte é a retina.

Se sensível, vá em frente;

O insano vai devagar;

Há alicerce pra tudo:

Fé, natureza e pão;

Ao afirmar uma ideia,

Faz-se o uso da razão.

Criticar é muito fácil,

Basta se ter um sentido;

Quando se aliena a tudo,

Não se faz jus ao saber;

Fica a dica aqui no verso:

Diga aí quem é você!

É arma muito potente;

É liberdade de expressão;

Mas é fato de conquista:

E que o Maestro nos deixou;

Faça valer esta deixa:

Da lógica seja um pivô!

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 13/03/2021
Código do texto: T7205847
Classificação de conteúdo: seguro