O poeta é gente sem maldade/E sua função é escrever o amor.
Por Airam Ribeiro
Quando pegamos uma caneta
Pra escrever o que vem na mente
E escrevendo bem consciente
E que a ideia ruim não se meta!...
Pra ela até fazemos careta
Por não ter nela nenhum temor
Pra não atrapalhar o vate compor
Para não escrever falsidade
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.
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Dele não adianta ter ciúme
Porque ele escreve para o povão
Ele ama Ivo, Maria ou João.
Porque é esse o seu costume
Quem ama está lá no cume
Quem ama desconhece o horror
Quando o amado tem seu valor
Ele mostra as boas qualidades
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.
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Ele escreve a natureza
A cidade e até o arranha-céu
Sendo poemas ou cordel
Ele escreve com singeleza
Pensando que na certeza
Um alguém lhe dar valor
O pensamento vai onde for
Sem faltar a sinceridade
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.
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O poeta ama tudo que ver
Porque ele tem o coração mole
Às vezes desaforo engole
Mas não sabendo do por que
Porque ele amou sem saber
Sem maldade e sem complô
Sem interesse e sem dissabor
Nem má querência e ruindade
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.
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Quem tem poeta na família
Pode dizer que tem riqueza
É um ser humano com certeza
Que não conhece valentia
Ele tem o don da alegria
Dado por Nosso Senhor
O poeta é um sonhador
Que sonha com a liberdade
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.
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Vou continuar a escrever
As coisas que sai da mente
Eu só escrevo contente
Porque está no meu querer
Acaso pode pensar você
Que por aqui não tenho valor?
Fique sabendo minha flor
Que isso é a pura realidade
O poeta é gente sem maldade
E sua função é escrever o amor.