Apenas um dueto de Marina e Airam
Marina
Início 18/07/06 – oito versos
Airam meu caro amigo
Às vezes penso comigo
Se o tempo é inimigo
Ou um destino cavalheiro
Que oferta ao moço o prazer
Ao ancião o saber
Sem nunca deixar morrer
Aquele menino arteiro.
A criança quer crescer
O jovem não quer envelhecer
E sem a gente perceber
O tempo rouba a virtude
Pra nossa realidade
Com o peso da idade
Perdemos a virilidade
Que tínhamos na juventude.
Airam – 26/07/06 - oito versos
O tempo é um professor
Que nos ensina que o labor
Em todo canto que for
É que nos dá sabedoria;
Cada qual está onde está
A criança em seu lugar
Nos momentos de brincar
Brinda a sua alegria.
Passa o tempo já cresceu
São outros os desejos seus
A juventude prevaleceu
Mas o tempo não para em vão;
Quando passa a mocidade
Ele sente a realidade
Mas ainda vê felicidade
Na boa fase do ancião.
Marina – 03/09/06 - décima
Em seu devido instante
Do Mestre cada lição
Faz sua apresentação
Sendo muito importante
Ao jovem e ao infante
Também para o idoso
Cada fase tem seu gozo
Mas velho ninguém quer ser.
O medo de envelhecer
Já o deixa desgostoso.
Assim querem eternizar
Uma feliz mocidade
Porém a terceira idade
Aos poucos vem encostar
Querendo se revelar
Começa a dar seus sinais
Ser jovem é bom demais
Mas o tempo desafia
Nas provas da cada dia
O tempo nos marca mais.
Airam – 13/09/06 - décima
Cada qual tem seu papel
Cada qual com o tempo certo
Deus fez tudo correto
Cada planeta com um céu
O jovem com seu troféu
O velho com sabedoria
Recordando sua alegria
Chega a terceira idade
Que muitos na mocidade
Não sabe se chega esse dia.
Pra quem pensa na matéria
E no sexo a reveria
Vive o seu dia a dia
Sem dar conta da coisa séria
De tudo se faz pilhéria
Existe mais coisa além
Que o sexo está aquém.
Falo do companheirismo
Que se viver com otimismo
O casal vai se dá bem.
Marina 14/09/06 - setilha
Pra pessoa que vive
Somente de aventura
Pouco é o aprendizado
Em sua cabeça dura
Talvez nem envelhecendo
Ele fica conhecendo
A que veio a criatura.
Vibrado no seu instante
Ele só pensa no prazer
Por isso o jovem teme
A velhice conhecer
Muitos a precipitam
Fazendo na sua vida
Multiplicar o padecer.
Airam – 29/09/06 - décima
Partindo pra outra questão
Baseado no que se pensa
A matéria não é intensa
Estando dentro do chão
O espírito não morre não
O corpo é que se acaba
Mas o espírito que nada!
Esse ta sempre ativo
Não tem idade, ta vivo!
Pra buscar outra lição.
Já q’uele não tem idade
E segue sempre uma lei
Não fica velho bem sei
Está sempre na mocidade
Para ele não tem idade
O corpo já velho e maduro
Não se acha no monturo
Morre depois reencarna
De acordo o seu carma
Faz o seu próprio futuro.
Prazer sexo e aventura
Isso está em cada mente
Devemos seguir em frente
Velhice é coisa futura
Deus fez a criatura
Pra chegar com sabedoria
Então vamos com alegria
Enfrentar essa jornada
Quem não quer essa parada
É só morrer antes do dia.