SAUDADES DE ONDE VIM!
O Ipê bem florido,
Com flores bem amarelinhas;
Os raios do sol aquecendo,
O voo das andorinhas;
Enquanto percorre em minha mente,
Lembranças da infância minha.
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As lembranças de onde vim,
Da casa onde morei;
Das brincadeiras de criança,
Da escola aonde estudei;
Da família e dos amigos,
Que um dia por lá deixei.
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Da casinha em que morava,
É grande a recordação;
Do velho fogão de barro,
Onde preparava o feijão;
Do grande trabalho que era,
Limpar o arroz no pilão.
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Da Escola Estadual Sampaio-TO,
Tenho comigo boas lembranças;
As festinhas, as gincanas,
As brincadeiras de crianças;
Sem maldades, sem rancor,
Bons momentos de infância.
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Lembro - me da fila imensa,
E do barulho que tinha;
Em enfrente uma caixa d'água,
Pela manhã e a tardinha,
A busca de um pouco d'água;
No lugar mais perto que tinha.
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Das idas e vindas ao Rio,
Também vejo - me a lembrar;
Sempre à tarde ao pô do sol,
Pra tomar banho e pescar;
A beira do Rio Tocantins,
Estávamos sempre por lar.
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Das pescarias no grotão,
Limão, pimenta e farinha;
Do peixe assado na brasa,
Da água corrente e limpinha;
Dos momentos simples da vida,
Saudade da infância minha.
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Dos carrinhos feitos de lata,
Latas de óleo e de sardinhas;
Carrinhos feitos de madeira,
Com toda humildade que tinha;
Ali sorriamos de verdade,
Lembranças da infância minha.
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Jogávamos apostado sim senhor,
Mas ninguém apostava a vida;
Apostávamos castanha de caju,
Sementes ou frutas preferidas;
Petecas, bacuri, figurinha,
E até sementes coloridas.
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Fazíamos quebras, arapucas,
Trazíamos mistura pro feijão;
Fazíamos chibé na mata,
Com água, farinha e limão;
Não tinha tempo ruim,
Ser feliz era a diversão.
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Aqui deixo minha infância,
Guardada em minha mente;
É bom relembrar a infância,
Sem se desligar do presente;
Já que o futuro é desconhecido,
E assusta muito a gente.
Fim........
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