ONTOLOGIA

Eu não estudei ontologia

No campo Filosofia

Fui ver em Aristóteles

A minha Pedagogia

Kant e Kierkegaard

O desespero e agonia.

E desta forma meu estudo

Se completa no Marxismo

Combatendo a exploração

Mundo do capitalismo

Logo então, fui na Grécia

Puro exibicionismo.

Fiz teatro com o Téspis

Com Édipo, ligação

Unifiquei a força Antígona

Livrei Vieira em queimação

Vi Anchieta no Brasil

E o índio ter salvação.

Nosso Yung adentrou meus nervos

Nosso Freud me inspirou

Villa Lobos deu a batuta

Pra eu reger para o Chatô

O Dom Pedro gritando alto

O Brasil se separou.

Moliere interpretou

Tanto rei não quis ouvir

Jocasta pegou seu filho

E foram só destruir

Papa criou sua igreja

Lutero foi consumir.

Jesus deixou nosso mundo

E mostrou para Maria

Que a mulher tinha poder

Sua mãe bem saberia

Que essa guerra dos cem anos

Tão bem cedo acabaria.

Netuno abriu seus mares

Logo me deixou passar

Quem navegou foi Cabral

Só queria conquistar

Mais terras americanas

Ele foi ver e embarcar.

Cristóvão Colombo disse

Para princesa Isabel

Libertasse todo escravo

Destas mãos do coronel

O Dumont criou o avião

E foi rumo ao quartel.

Piaget não foi criança

Já adulto ele nasceu

Falando pra Paulo Freire

Algo bem sério ocorreu

Anísio foi pra Bahia

E sua arte ofereceu.

Nísia Floresta foi forte

E pulou uma grande ponte

No país chamado França

Foi ver com Augusto Comte

Se tornou uma feminista

Se abriu novo horizonte.

Zumbi na revolução

Venceu todos seus traidores

Ensinou a Domingos Velho

Que roubava dos pastores

A fazer curso integrado

Com desprezo dos doutores.

Deodoro militar

E não tinha consciência

Um velho de idade tanta

Perdeu sua paciência

Deu uma rasteira no Pedro

Numa mais pura indecência.

Lavoisier mudou a vida

Só porque nada lá fede

Einstein pegou a sua parte

Por onde o tempo se mede

Beethoven ouviu

E o nosso Mozart se excede.

Pilatos chamou Jesus

E rezou aquele bendito

Maomé sabendo o que houve

Foi confirmar o conflito

Caifás propagou a sentença

Nosso mundo inteiro aflito.

Numa procissão dos mortos

Há intensa crueldade

Os vivos querem dinheiro

Usando da falsidade

Compram títulos de terra

Expurgou a sociedade.

Todo cristão diz que a Bíblia

É mais um livro sagrado

Que ensina fazer o certo

E quem ler só faz errado

Esquecê-la num recanto

Se complica o ter pecado.

A Monarquia e a República

Contraem o labirinto

Pois, quem entra se define

Quem sai arrocha o nosso cinto

O poder de quem governa

É totalmente distinto.

Os homens dos contratempos

A mulher ganhou terreno

A humanidade vai ter

Madrugadas sem sereno

Cobra que picou esse mundo

Atenas deixou veneno.

Todo exército troiano

Nas forças daquele Caim

Medalhou os inconfidentes

Beijou os pés de Rasputin

Ficou séculos no mato

Pensando criar jardim.

O Buda saiu cantando

Fugiu de um monastério

Deu vidas às várias almas

Destruiu o cemitério

Libertando o corpo vil

Daquelas mãos do adultério.

A bastilha cortou o dedo

Das aves que tudo espanta

Garantindo permanência

A quem tivesse garganta

Quis degolar o Aladim

Porque a esteira não levanta.

O Newton trancado em casa

Gostava de quarentena

Falando para o Descartes

Que precisa de uma pena

Para escrever uma peça

Que teve só uma cena.

Eurípides deu a Medéia

Um bom cavalo e uma espora

Pediu pelo sagrado

Pois, que ela fosse simbora

E que levasse o Moisés

Para inventar a triste hora.

Carlitos com o Chaplin

Pularam do picadeiro

Botando a luz em Edson

Neste continente inteiro

Deu sermão em Elizabeth

A rainha de fofoqueiro.

O rádio e a televisão

A nossa tecnologia

Serviram pra todo santo

Tocando a biologia

Decoram os alicerces

Na fenomenologia.

A menopausa chegou

Deixou fúria na mulher

Porque tivera que ser

Devota de fé qualquer

Pensando fortalecer

A plantação de café.

Pois, quem protege o inocente

Está por cima da linha

Vive querendo respaldo

Das forças dessa Marinha

Que criou um grande navio

Exportando só galinha.

Os poderes se convergem

Eis a força dessa imprensa

Que já devora o que escreve

E nunca sente o que pensa

Vivem em aglomerados

E a notícia não compensa.

As terras de antigamente

Dos donos hereditários

Vivendo no abandono

Receberam os donatários

Negociaram limites

Dos povos sexagenários.

Tomé de Sousa foi além

Governador lusitano

Que entregou pra Portugal

Um dia de lucro insano

E expulsou todos os franceses

Entendedores de plano.

Cinema fez sua parte

E o futebol criou estádio

As novelas que eram boas

Pois, vinham todas do rádio

Daquele lugar que foi

Antecessor de Arcádio.

Emaranhado de fatos

No estudo tudo se explica

Nesta arte da aprendizagem

Todo o aprender se aplica

Na mistura do Cordel

Divulgação multiplica.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 12/02/2021
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