BANHADO PELO PAJEÚ

Banhado pelo lindo Pajeú
Sertão de glorioso céu azul.
Uma terra de céleres poetas
Berço das letras belas e geniais,
Os ilustres nomes de laços filiais.
Contos e rimas de poesias concretas.


Salta aos olhos a sabedoria do povo,
Um povo que cai e se levanta de novo
Canta o sofrer de uma área de terra seca,
Mas jamais perde a sua alegria de viver
E por mais que nos pareça difícil ser,
A força do povo de lá é intrínseca.

O sertão também tem belas histórias
E o sertanejo em derrotas ou vitórias
Sempre agradece ao Divino Pai do Céu.
Alguém um dia saiu do seu sertão querido
Em busca de um tempo menos sofrido,
Mas com o sertão vive eterna lua de mel.


Tantas lembranças que fazem chorar
Chorar de alegrias, querendo voltar.
Os grandes amores que por lá ficaram
Até as travessuras do tempo da infância
Artes infantis que deixavam a mãe em ânsia
E os sorrisos da morena, que então marcaram.

Aqueles dias foram difíceis, ele disse: não nego!
Mas as muitas saudades disse ele: eu prego,
Só irão entender aqueles que lá viveram.
E as lágrimas que dos meus olhos, saltam,
É o amor àquela terra que elas exaltam
E a dor por todos os amigos que já morreram.



Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 08/02/2021
Reeditado em 01/03/2021
Código do texto: T7179830
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