NO TEMPO DA DONZELICE
Todos os meninos que agora
Já passaram dos setenta
Têm uma história prá contar
Muitos nem querem comentar
Alguma coisa logo inventa
Aquele que fica de fora
Antes de completar treze anos
E que não conhecia mulher
Era chamado de donzelo
Ou também de amarelo
Não tinha um adjetivo qualquer
E não se juntava com mundanos
Esse menino era calmo
Era de casa para a escola
Ou embaixo da barra de saia
Se alguém soubesse era vaia
Agindo assim nunca descola
Seria melhor ler um salmo
Mas o tempo ia passando
Precisava tirar o queijo
Tinha que dar uma pirocada
Com uma mulher pelada
Que começava num beijo
Com a bicha lá penetrando
Naquele tempo a solução
Era mesmo procurar na zona
Uma rapariga que entendesse
Com ele se comprometesse
Fazendo uma cara de pidona
Até ele baixar o seu calção
Pronto, o serviço ali começava
Ela tinha que ter paciência
Entre um agrado e um carinho
Deixando o caboclo calminho
Para não estragar a penitência
Quando ela então lhe abraçava
O prazer então tinha início
O cara donzelo se preparando
Para dar a primeira lapada
Fazendo dela sua namorada
Deixando o pau ir entrando
Já que era dela aquele ofício
Depois do rapaz ter gozado
Deixando a gala lá dentro
Naquele quarto esquisito
Ela lavava o seu periquito
Ok, eles tiraram o centro
O jogo estava organizado
Ninguém chama mais donzelo
O rapaz já tirou o seu queijo
Com toda a preparação
Já pode dar declaração
E dizer até que teve beijo
Acabou-se todo seu flagelo