Quantos versos são perdidos e levados pelo vento
Desde Camões à Pessoa,
Passando aqui por Drummond...
Nas mãos de Santos Dumont
E toda essa gente boa,
Há sempre um verso que voa
Nas asas do pensamento,
Pronto pra tomar assento
Entre tantos nunca lidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Do Soneto à Redondilha,
Desde a Trova ao Cordel,
Cada um tem seu papel
E constrói a própria trilha,
Pra fugir da armadilha
E chegar ao seu intento.
Se não todos, dez por cento
Dos poemas concebidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Desde José Alencar
A Alencar Herculano,
Há sempre um parnasiano,
Feito louco, a procurar
Um verso que forme par,
mesmo sendo ciumento,
Na terra ou no firmamento
agora e nos tempos idos...
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Desde o Terceto ao Haicai,
Desde a Setilha ao Rondel,
Há sempre algum menestrel,
Que, dalgum verso, é o pai,
E pelo mundo se vai,
Na corcunda do talento,
A cuidar do seu rebento
e outros recém-nascidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Mote: José Dantas
Glosa: Herculano Alencar
Desde Camões à Pessoa,
Passando aqui por Drummond...
Nas mãos de Santos Dumont
E toda essa gente boa,
Há sempre um verso que voa
Nas asas do pensamento,
Pronto pra tomar assento
Entre tantos nunca lidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Do Soneto à Redondilha,
Desde a Trova ao Cordel,
Cada um tem seu papel
E constrói a própria trilha,
Pra fugir da armadilha
E chegar ao seu intento.
Se não todos, dez por cento
Dos poemas concebidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Desde José Alencar
A Alencar Herculano,
Há sempre um parnasiano,
Feito louco, a procurar
Um verso que forme par,
mesmo sendo ciumento,
Na terra ou no firmamento
agora e nos tempos idos...
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Desde o Terceto ao Haicai,
Desde a Setilha ao Rondel,
Há sempre algum menestrel,
Que, dalgum verso, é o pai,
E pelo mundo se vai,
Na corcunda do talento,
A cuidar do seu rebento
e outros recém-nascidos.
Quantos versos são perdidos
E levados pelo vento.
Mote: José Dantas
Glosa: Herculano Alencar