2020 ANO ATIPICO.
Em trinta e um de dezembro,
De dois mil e dezenove,
Todos estão esperançosos,
Que as coisas se renovem,
Chega então dois mil e vinte,
Em euforias e requintes,
Todo coração se move.
Em 17 de novembro,
Cerca de um ano atrás,
Na cidade de Wuhan,
A coisa não parou mais,
Um tal vírus invisível,
Dominou de modo incrível,
O mundo inteiro afinal.
Mas isso ninguém sabia,
Pra todos desconhecido,
Somente o país da China,
Conhecia esse ocorrido,
Mais a coisa foi crescendo,
E o mundo inteiro foi vendo,
O contágio tão temido.
Em primeiro de janeiro,
Tudo era festa e alegria,
Muitos sonhos renovados,
Em festejos e euforias,
Mas a coisa se transforma,
Tomando estranha forma,
Com a vinda da pandemia.
Um ano todo esquisito,
Mudou a nossa rotina,
Levando entes queridos,
Por cada rua e esquina,
Espalhando a tristeza,
Deixando na incerteza,
De como isso termina.
Dia três de fevereiro,
Foi de fato confirmado,
Assim o primeiro caso,
De um homem infectado,
Por esse tal de corona,
Que por fim deixou na lona,
O mundo inteiro assustado.
Assim a vida pra todos,
Foi ficando diferente,
De casa ninguém saia,
Confinação aparente,
Até quem nada sofria,
Mudou o seu dia a dia,
Para não ficar doente.
Fecharam-se aeroportos,
Ninguém pegava avião,
Cada um no seu quadrado,
Uma grande confusão,
Assim o tempo passava,
Quem saia não voltava,
Isso em qualquer nação.
Escolas logo fecharam,
O comercio em geral,
Ficando apenas alguns,
De serviço essencial,
Cidade de ruas vazias,
Casas fechadas se viam,
Foi ordem e ponto final.
O mundo todo sofrendo,
Sem saber o que fazer,
Foi-se embora os empregos,
Com demissões pra valer,
As empresas se fechando,
Comerciantes quebrando,
Sem ter como se manter.
Empresa abriu falência,
Pra economia uma afronta,
Então os negacionistas,
Trouxeram receita pronta,
Essa tal de gripezinha,
Tem levado ao fim da linha,
Tantos que perdi a conta.
Instalou-se no Brasil,
Uma grande incerteza,
Faltou dinheiro no bolso,
E alimentos na mesa,
Sendo obrigado afinal,
Um auxilio emergencial,
Pra amenizar a pobreza.
Assim em cada cidade,
Foi muito grande a procura,
Desse misero auxilio,
Que está mais pra tortura,
Plano mal elaborado,
Que trouxe mal resultado,
Pra tantos grande amargura.
Ficando assim confinados,
Sem dia pra retornar,
E o vírus se alastrando,
Por todo mundo e lugar,
E o numero foi crescendo,
Com milhares perecendo,
Sem saber como parar.
Ano de dois mil e vinte,
Ano que não acabou,
A fé que em cada pessoa,
Em milhares aumentou,
Um ano de sofrimento,
E que a todo momentos,
Reinou a força do amor.
Não acabou-se a certeza,
Revivendo a esperança,
No coração de pessoas,
Sendo adultos ou crianças,
Vivendo o triste penhor,
Ao conviver com a dor,
Na falta por abastanças.
Não acabou a tristeza,
Vamos viver com saudades,
De parentes e de amigos,
Que se foram na verdade,
Num ano sem precedentes,
Que distanciou tanta gente,
Por haver necessidade.
Ano atípico todos dizem,
Um a um sem exceção,
O ano em que a angustia,
Bateu em cada portão,
Em que a dor e a tristeza,
Visitou a muitas mesas,
Trazendo a falta de pão.
Não acabou nossa força,
Não acabou a vontade,
De vencer a toda prova,
Trago a nós sem piedade,
Mas que nos fez levantar,
Com esperança o olhar,
Para o Deus da eternidade.
Assim se passa esse ano,
Levando muitos consigo,
Deixando tantos de luto,
Por parentes e por amigos,
Numa dor que não tem jeito,
Chora triste cada peito,
Por muitos entes queridos.
Foi ano pra refletirmos,
Em cada palavra ou ato,
De olhar mais para Deus,
Como adoradores natos,
Ano de ser mais humano,
Sem sentimentos insanos,
E aprendendo a ser gratos.
Agora o que nos resta,
Diante deste cenário,
Importa seguir em frente,
Um impulso necessário,
Até sem querer lembrar,
Com certeza irá ficar,
Fixo em nosso calendário.
Chegamos ao ultimo dia,
Desse ano complicado,
Pra mim não deixa saudade,
Por tudo aqui passado,
Mas sou muito agradecido,
Ao ser por Deus protegido,
Por meus alvos alcançados.
Cbpoesias.
31/12/2020.