ENTRE POESIAS E ORAÇÕES
Entre poesias e orações
Revendo ideias e pensamentos
Retratando intensos sertões
E revelando os sentimentos
Como letras de belas canções
Escritas em fragmentos
Que lembram das bonecas de pano
E dos cajus dos cajueiros
Guardados num singelo recanto
Num cenário que é lisonjeiro
Com louvores e belos cânticos
Respeitando o povo romeiro
Das ervas da benzedeira
Da poesia de uma FOLHINHA
Do salmo de uma doceira
Do pai nosso e ave maria
Das histórias de uma guerreira
Como pássaros em sinfonia
Dos campos e roçados
Das flores do algodão
Do leite tirado no cercado
Do doce feito de mamão
Do amanhecer abençoado
Uma singela recordação
Do voo das andorinhas
Do canto dos cardeais
Do orar de cada dia
Das plantas e ervas medicinais
A natureza como poesia
Em cenários estruturais
Dos escritos feitos com o coração
Num velho baú eram guardados
Das cartas lidas com emoção
Sentimentos que eram registrados
Cada palavra, uma conotação
Os pastoris e belos reisados
Recordando das romarias
Das tradições de Juazeiro
Das promessas pagas com alegria
Da gratidão dos viageiros
Orações recitadas em melodia
No terço rezado pelos romeiros
Fragmentos de uma vivência
Luzes de um versejar
Expressando a influência
Compreendendo um singelo olhar
Num sertão de influências
Por horizontes a caminhar
OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico piauiense Antônio Alves Feitosa.