TELEVISÃO É TAMBÉM UM CANAL DE VIOLÊNCIA

AUTOR: Gerardo Carvalho Frota (PARDAL)

Eu peço ao leitor amigo

Que faça u’a reflexão

Sobre os riscos e o perigo

Que tem a televisão

Com programas violentos

Sobre os mais tristes momentos

Que causam dó e clemência

Pela mensagem que têm:

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA

À maioria dos programas

Que se assiste todo dia

Exploram as tristezas e os dramas

De um Brasil em agonia.

E o locutor num desplante

Diz ser um “jornal vibrante”

Com toda voz e fluência

As desgraças que já vêm:

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Além de o rádio e o jornal

Com seu sensacionalismo

Em página policial

Explorarem o fatalismo

Temos a televisão

Que com toda apelação

Quer conquistar audiência

E mostra o que não convém:

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

Num país sem educação

E onde a fatalidade

Causa até fascinação

É que temos na verdade

Programas que as abordagens

Trazem as mais tristes mensagens

Do crime e sua consequência

Que não faz bem a ninguém:

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Todo dia em nossos lares

Invadem-se qualquer hora

Programas nada exemplares

Como aquele “Aqui e Agora”

Com reportagem nefasta

Toda desgraça ele arrasta

Sem critério e sem decência

E mostram o pior que tem...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

Será que nesta nação

Só existe o que não presta

Crime roubo corrupção

Ou qualquer coisa funesta?

Por que não existem programas

Que em vez de mostrarem os dramas

E sua triste consequência

Divulguem a prática do bem?

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

E todos estes programas

De rádio e televisão

Projetam as tristes tramas

Que visam a destruição

Da família e a Sociedade

Vez que toda a crueldade

É colocada em evidência

Com toda a força que têm...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Rede Globo e SBT

Bandeirantes e outras mais

Mostram para o povo ver

A violência demais

Fazem do seu jornalismo

Veículo de fatalismo

Para atrair audiência

Pois isto é o que lhe convém...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

“Jornalismo eletrizante”

Que se diz “arma do povo”

Mostra cena agonizante

E não traz nada de novo

Puro sensacionalismo

Aguçando o nervosismo

De um povo sem consciência

Do mal que nele contém...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

Toda criminalidade

Tem no almoço a hora certa

De exibir sua crueldade

Num tal de “Cidade Aberta”

Pra não perder a jornada

Vem também “Barra Pesada”

Com toda a sua excrescência

Que não interessa a ninguém...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

Meio dia os imitadores

Das desgraças lá do sul

À cata de morte e dores

Como um bando de urubu

Mostram com toda frieza

No “Aqui Agora Fortaleza”

A rota da deliquência

Que não sei que graça tem...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA!

São programas que incentivam

O crime de toda sorte

E até mesmo objetivam

Que venha a “Pena de Morte”.

E no povo o excitamento

Uma vez que o linchamento

Já ocorre com frequência

E matam sem saber quem...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Por que que não se incentiva

O que têm os seres humanos

De atitude positiva

Suas ideias e seus planos

Para acabar com a miséria?

Isto sim é coisa séria

Que se precisa com urgência

Num país que se quer bem...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Dirigir televisão

É ter criatividade

De fazer programação

De valor e qualidade

Em que gente de talentos

Use seus conhecimentos

Para tirar da falência

A cultura que se tem:

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Além de filmes e novelas

Com mensagens violentas

Invadem-se em nossa telas

Programações peçonhentas

Que nada trazem de novo

Mas só atiçam No povo

Revolta ira e indolência

O que não traz nenhum bem.

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

O povo quer solução

Para a criminalidade

Quer ver na televisão

Cenas de fraternidade.

Não quer ver mais os seus dramas

Explorados em programas

Pois também tem competência

Pra mostrar o valor que tem...

TELEVISÃO É TAMBÉM

UM CANAL DE VIOLÊNCIA.

Fim - out/97 (2a edição)

Gerardo Pardal
Enviado por Gerardo Pardal em 07/11/2020
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