Em tempos de treva e dor O amor é a cura do mal

No começo da existência

Trovões, lava e até vulcão

O plasma formando o chão

Com tamanha violência

Tudo se torna ciência

Tempo bruto e natural

Surge o homem afinal

A inteligência a se impor

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

Caminha o homem na terra

O seu deus da guerra é Marte

De Millus, que linda arte

No gládio, o aço que berra

Tróia sofrendo na guerra

Por Helena sensual

Gregos matam, dor fatal

Com espada e com vigor

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

Medicina ou bruxaria

Conhecia a humanidade

Mas não sentirá saudade

Pelo que a mulher sofria

Se na inquisição caía

Era fogueira mortal

Da vida, o ponto final

Pela mão do inquisidor

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

Veio a tecnologia

Carro, trem e caminhão

Faca, revólver, canhão

Tudo novo construía

O homem também fazia

O peito artificial

Que não é sentimental

Não sabe o que é o amor

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

Hoje, olhando para o céu

Vejo o rastro de um foguete

Que deixou vivo o lembrete

Como exibindo um troféu

Que o homem faz escarcéu

La no espaço sideral

Como o velho neandertal

No veículo que for

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

De tudo que foi falado

Do amor e de escuridão

Que se faça reflexão

Para ficar registrado

Que o homem está mudado

A maldade desigual

Terá a derrota final,

E vence o bem com fulgor

Em tempos de treva e dor

O amor é a cura do mal

Artemio Bueno
Enviado por Artemio Bueno em 03/11/2020
Código do texto: T7102717
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