HISTÓRIAS NUNCA ESQUECIDAS
No pulsar de uma verdade
Fazendo intensas reflexões
Seguindo a historicidade
Dos flagelos dos sertões
Pensamentos da realidade
Do clamor e da exclusão
Do interior do estado da Bahia
Histórias nunca esquecidas
Lembradas todos os dias
Pelos sertanejos são reconhecidas
No compreender da sabedoria
Marcantes momentos de uma vida
No caminhar dos retirantes
Que de intensas secas fugiam
Dos peregrinos que a cada instante
Oravam e muitos pedidos faziam
Pelos sertões sempre caminhantes
Dos obstáculos que enfrentariam
De um sobrevivente e suas filhas queridas
Criadas nos valores da religião
Raízes sertanejas nunca esquecidas
E valorizadas com a educação
Monstrando no labor de cada dia
O sentido de cada missão
De Toinha Vicentina
A agricultora trabalhadeira
Demonstrando em sua rotina
Valioso trabalho de uma doceira
Do leite que ordenhava todos os dias
E de suas ervas de benzedeira
De Mãe Zuza tão amorosa
A lutadora vaqueira
A tiradora de leite mais preciosa
Dos pedidos de uma romeira
A flor do campo mais majestosa
Do olhar de uma guerreira
Da beata e auxiliar de secretaria
Desenhando as letras de uma oração
Dos fragmentos literários e da sabedoria
Eterna zeladora do Sagrado Coração
Da cegueira que a todos comoviam
Nos últimos momentos de sua missão
Da mãe mais dedicada
Das cocadas de uma doceira
Uma beata abençoada
Das festas de padroeira
Djanira sempre lembrada
A força da mulher trabalhadeira
Eternas recordações
Das flores mais preciosas
Das marcantes devoções
Das dedicadas religiosas
Do Apostolado da Oração
Das preces mais grandiosas
OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico paraibano Antônio Claúdio Massa.