HISTÓRIAS NUNCA ESQUECIDAS



No pulsar de uma verdade
Fazendo intensas reflexões
Seguindo a historicidade
Dos flagelos dos sertões
Pensamentos da realidade
Do clamor e da exclusão
 
Do interior do estado da Bahia
Histórias nunca esquecidas
Lembradas todos os dias
Pelos sertanejos são reconhecidas
No compreender da sabedoria
Marcantes momentos de uma vida
 
No caminhar dos retirantes
Que de intensas secas fugiam
Dos peregrinos que a cada instante
Oravam e muitos pedidos faziam
Pelos sertões sempre caminhantes
Dos obstáculos que enfrentariam
 
De um sobrevivente e suas filhas queridas
Criadas nos valores da religião
Raízes sertanejas nunca esquecidas
E valorizadas com a educação
Monstrando no labor de cada dia
O sentido de cada missão
 
De Toinha Vicentina
A agricultora trabalhadeira
Demonstrando em sua rotina
Valioso trabalho de uma doceira
Do leite que ordenhava todos os dias
E de suas ervas de benzedeira
 
De Mãe Zuza tão amorosa
A lutadora vaqueira
A tiradora de leite mais preciosa
Dos pedidos de uma romeira
A flor do campo mais majestosa
Do olhar de uma guerreira
 
Da beata e auxiliar de secretaria
Desenhando as letras de uma oração
Dos fragmentos literários e da sabedoria
Eterna zeladora do Sagrado Coração
Da cegueira que a todos comoviam
Nos últimos momentos de sua missão
 
Da mãe mais dedicada
Das cocadas de uma doceira
Uma beata abençoada
Das festas de padroeira
Djanira sempre lembrada
A força da mulher trabalhadeira
 
Eternas recordações
Das flores mais preciosas
Das marcantes devoções
Das dedicadas religiosas
Do Apostolado da Oração
Das preces mais grandiosas
 
 
 
OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico paraibano Antônio Claúdio Massa.

 

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 17/10/2020
Reeditado em 03/03/2024
Código do texto: T7089760
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