ELA ME OLHOU DE SOSLAIO
Ela me olhou de soslaio
Como quem não quer nada
Foi conquistando espaços
Sufocando-me o olfato.
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Representou o seu papel
De vilã do asfalto
Até fechar – se as cortinas
Encerrando o [último] ato.
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Zombou do meu querer
Fez de mim o seu capacho
Sambou no meu coração
Pisou meu orgulho de macho.
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Depois foi embora
Desfazendo os nossos laços
Nem sequer fotografias
Restaram no porta-retratos.
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Adilson Adalberto
http://adilsonconectado.blogspot.com/