Corderlando
O amigo que abriu a porta,
És das letras um vil relicário.
Sei que muito se importa,
Com as regras do dicionário.
Porém, é por linha torta,
Em pequeno sutil falatório.
Que a vida se desentorta,
Com todo nosso comentário.
Mas eu em rimas ou não,
A minha sorte vou gritando.
Segurando aqui na mão,
Dos que logo vem chegando.
Aqui não cobro erudição,
Para que ficar aí, chocando.
É melhor o ajudar irmão,
A sair por aí, se cutucando.
Mas a preocupação eu entendo,
Sei que precisamos evoluir.
Porém, não nascemos sabendo,
Deixe o sentir aqui fluir.
Vamos a história escrevendo,
Sem nos permitir diluir.
Vamos em versos crescendo,
Produzindo já o influir.
Deixe que cada um exista,
Nas virgulas ou nas rimas.
Deixe que a palavra persista,
Nas retinas ás suas formas.
Deixe que o poeta resista,
Assim na arte eles se firmas.
Deixe que vivo se recita,
No amor a vida nas estimas.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.