VERSOS DE SENSIBILIDADE



Em cordel com sutileza
Com versos de sensibilidade
Com olhar de delicadeza
Que enaltece a dignidade
Passeando pela natureza
Num caminhar pela saudade
 
Das flores do algodão
Da história dos retirantes
Das grandes secas pelo sertão
Das romarias e dos viajantes
Das vivências em religião
Dos bem-te-vis e extravagantes
 
Do chá de erva-cidreira
Nos momentos de entardecer
Da conversa de cada guerreira
Do rosário meditado com muito prazer
Dos fragmentos religiosos de cada romeira
Das orações que podiam reconhecer
 
Das noites em cada luar
Da leitura à luz do candeeiro
Da FOLHINHA em seu orientar
Das frases diárias para o Brasil inteiro
Do Coração de Jesus a iluminar
E o Semanário litúrgico nobre e rotineiro
 
Dos carregos de água no verão
De minha prática diária do pastorear
Ovelhas com cabresto e corda em minha mão
Trilhando os horizontes de um recordar
A simplicidade da criança em sua missão
Pastoreando nas estradas com singelo olhar  
 
O milho maduro ao retirar
E a palha seca para o gado
Dos umbus colhidos naquele lugar
Mangas e cajus sendo abençoados
Pitombas maduras no galho pegar
Das primaveras, dos campos e roçados
 
Belas recordações
Sublime Natureza
Sinceras reflexões
Um olhar de gentileza
Com terços e orações
Uma essência que é sertaneja
 
 



OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico baiano Sílvio Jessé.






  


 

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 10/10/2020
Reeditado em 03/03/2024
Código do texto: T7084461
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