Pior do que um cavalo
A intenção desse poema,
Não é vir generalizar,
Se você é homem bom,
Não vá se incomodar.
Pois tenho quase certeza,
Que também vai concordar.
E os que gostam do animal,
Que aqui eu vou citar.
Me perdoem se fiz mal,
Por ousar vir comparar,
Esse ser tão natural,
Com quem moral quer ostentar.
Aos homens gentis não ofendo.
Por mais humildes que sejam.
Pois é bem difícil que estes,
Escarrem na boca que beijam.
Ou ponham qualquer defeito,
Naquilo que mais desejam.
Se de cavalo o povo chama,
O homem que é doutor.
Porém de tudo só reclama.
E vive de mau humor.
É porque o cavalo tem fama,
De estouvado e empacador.
Mas só se o cavalo for,
Xucro, arisco e temerário.
Sem respeito ao domador,
Mas no homem é o contrário.
Quanto mais for portador,
Do saber, mais sectário.
O cavalo se bem tratado,
É difícil que mal traga.
Mais um homem instruído,
Com mais ingratidão ele paga.
E rechaça com desprezo,
A mão que mais lhe afaga.
É uma conduta estranha.
Que não tem explicação.
Quanto mais o homem estuda,
Mais perde a educação.
Se não tripudia ignora,
A quem lhe tem afeição.
E não se enganem as mulheres.
Que acham que a erudição,
Faz respeitoso o machista.
Transforma em mocinho o vilão.
Abranda o ego do egoísta.
Ou lhe enobrece o coração.
Por isso aqui dou uma pista:
Mulher, preste atenção!
Seja esperta e não insista,
Em bajular homem turrão.
Só dê espaço pra conquista,
Ao homem de bom coração.
Adriribeiro/@adri.poesias