SERTÕES DE UMA VIDA


Olhando para os sertões de uma vida

Caminhando com dignidade
Longas estradas percorridas
Consciência e responsabilidade
Com virtudes reconhecidas
Persistência e sinceridade
 
Nas conotações do amanhecer
Em que o trabalho concretizou
Olhar para trás e perceber
Que cada orvalho abençoou
Mesmo na diversidade do conhecer
Respeitando cada cravo e cada flor
 
Os espinhos também receberam
Uma luta diária pela transformação
Sabendo que muitos não reconheceram
Nos jardins silvestres a explicação
E na tempestade compreenderam
O intenso barulho de um trovão
 
Mesmo nas tempestades de verão
Esperando o tempo poder acalmar
Refletindo que existe em cada sertão
Uma possibilidade para sonhar
A esperança que existe em cada estação
Enxergar a beleza de um singelo olhar
 
Um olhar cansado de turbulências
Enxergando com dificuldades
Mesmo firme na inteligência
Analisando as particularidades
Confiante na sobrevivência
Nuances de uma verdade
 
Respeitando o valor de cada andorinha
Que sobreviveram ao pesado verão
Lutaram com carinho e sabedoria
Mas migraram em busca da gratidão
Compreendendo que existe poesia
Preciosos fragmentos da educação
 
Buscando com perseverança
Reconhecer a flor do algodão
Nos roçados de cada lembrança
Mesmo na mudança a cada verão
No sentido da persistência e esperança
Semear as sementes em cada pedaço de chão
 
Como no clamar das romarias
Pedidos feitos com o coração
Olhando para campos e campinas
Com o intenso olhar da superação
Compreendendo o valor da cidadania
Possível universo em construção





OBSERVAÇÃO:
A pintura é do artista plástico baiano "Léo Costa".
 

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 19/09/2020
Reeditado em 03/03/2024
Código do texto: T7067420
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